Palavras e expressões que provocam dúvidas
Uso da forma impessoal do verbo 'haver'
O verbo 'haver' é impessoal quando significa existir, acontecer ou quando indica tempo passado.Nessa forma, o verbo não admite sujeito, só objeto direto. Portanto, não pode ser feita a concordância de número e pessoa entre o verbo e o sujeito, como acontece no exemplo abaixo:
Errado Certo
Haviam muitos torcedores no estádio. Havia muitos torcedores no estádio.
O uso correto desse verbo exige sempre a 3ª pessoa do singular. A concordância é a mesma quando se trata de uma locução verbal:
Errado Certo
Devem haver soluções mais práticas do que estas. Deve haver soluções mais práticas do que estas.
Verbo 'fazer' no sentido de tempo passado
Em frases do tipo: Faz dez anos que não venho aqui.
O sujeito do verbo 'fazer' é a oração que não venho aqui. Portanto, o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular:
Errado Certo
Fazem meses que não chove. Faz meses que não chove.
A concordância é a mesma do caso acima quando se trata de uma locução verbal (o verbo auxiliar fica na 3ª pessoa do singular):
Errado Certo
Vão fazer três anos que eu não tiro férias. Vai fazer três anos que eu não tiro férias.
Regência verbal
São também freqüentes as dúvidas sobre a regência de alguns verbos. É comum as pessoas se perguntarem se tais verbos exigem ou não preposição ou se os seus complementos são objetos diretos ou indiretos.
Veja as orações abaixo:
Errado Certo
Aspiro um emprego melhor. Aspiro um emprego melhor.
Quero convidar-lhe para a minha festa. Quero convidá-lo para a minha festa.
O verbo aspirar, no sentido de desejar, é transitivo indireto; exige a preposição a. E o verbo convidar é transitivo direto; portanto, seu complemento é um objeto direto (o).
Entre os diversos verbos cujas regências causam dúvidas, destacam-se:
• Verbos transitivos indiretos
Aspirar a um mundo melhor.
Assistir ao espetáculo.
• Verbos transitivos diretos
Abraçar alguém→ abraçá-lo
Aspirar o → ar aspirá-lo
Cumprimentar alguém → cumprimentá-lo
Prejudicar alguém → prejudicá-lo
Visar o cheque → visá-lo
Atenção: embora no exemplo abaixo a regência não seja recomendada pela norma culta, é consagrada e aceita pelo uso:
Assistir o filme.
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