quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Palavras e expressões que provocam dúvidas

Palavras e expressões que provocam dúvidas

Uso da forma impessoal do verbo 'haver'

O verbo 'haver' é impessoal quando significa existir, acontecer ou quando indica tempo passado.Nessa forma, o verbo não admite sujeito, só objeto direto. Portanto, não pode ser feita a concordância de número e pessoa entre o verbo e o sujeito, como acontece no exemplo abaixo:
Errado Certo
Haviam muitos torcedores no estádio. Havia muitos torcedores no estádio.



O uso correto desse verbo exige sempre a 3ª pessoa do singular. A concordância é a mesma quando se trata de uma locução verbal:

Errado Certo
Devem haver soluções mais práticas do que estas. Deve haver soluções mais práticas do que estas.



Verbo 'fazer' no sentido de tempo passado

Em frases do tipo: Faz dez anos que não venho aqui.

O sujeito do verbo 'fazer' é a oração que não venho aqui. Portanto, o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular:

Errado Certo
Fazem meses que não chove. Faz meses que não chove.






A concordância é a mesma do caso acima quando se trata de uma locução verbal (o verbo auxiliar fica na 3ª pessoa do singular):

Errado Certo
Vão fazer três anos que eu não tiro férias. Vai fazer três anos que eu não tiro férias.



Regência verbal

São também freqüentes as dúvidas sobre a regência de alguns verbos. É comum as pessoas se perguntarem se tais verbos exigem ou não preposição ou se os seus complementos são objetos diretos ou indiretos.

Veja as orações abaixo:

Errado Certo
Aspiro um emprego melhor. Aspiro um emprego melhor.
Quero convidar-lhe para a minha festa. Quero convidá-lo para a minha festa.


O verbo aspirar, no sentido de desejar, é transitivo indireto; exige a preposição a. E o verbo convidar é transitivo direto; portanto, seu complemento é um objeto direto (o).

Entre os diversos verbos cujas regências causam dúvidas, destacam-se:

• Verbos transitivos indiretos
Aspirar a um mundo melhor.
Assistir ao espetáculo.
• Verbos transitivos diretos
Abraçar alguém→ abraçá-lo
Aspirar o → ar aspirá-lo
Cumprimentar alguém → cumprimentá-lo
Prejudicar alguém → prejudicá-lo
Visar o cheque → visá-lo


Atenção: embora no exemplo abaixo a regência não seja recomendada pela norma culta, é consagrada e aceita pelo uso:

Assistir o filme.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

TIPOS DE ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

TIPOS DE ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
Causa

A idéia de causa está diretamente ligada àquilo que provoca um determinado fato. As orações subordinadas adverbiais que exprimem causa são chamadas causais. A conjunção subordinativa mais utilizada para a expressão dessa circunstância é "porque". Outras conjunções e locuções conjuntivas muito utilizadas são "como" (sempre introduzindo oração adverbial causal anteposta à principal), "pois", "já que", "uma vez que", "visto que".

Exemplos:
As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte.
Como ninguém se interessou pelo projeto, não houve outra alternativa a não ser cancelá-lo.
Já que você não vai, eu não vou.

Por ter muito conhecimento (= Porque/Como tem muito conhecimento),
é sempre consultado. (reduzida de infinitivo)

Conseqüência

A ideia de conseqüência está ligada àquilo que é provocado por um determinado fato. As orações subordinadas adverbiais consecutivas exprimem o efeito, a conseqüência daquilo que se declara na oração principal. Essa circunstância é normalmente introduzida pela conjunção "que", quase sempre precedida, na oração principal, de termos intensivos, como "tão, tal, tanto, tamanho".

Exemplos:
A chuva foi tão forte que em poucos minutos as ruas ficaram alagadas.
Tal era sua indignação que imediatamente se uniu aos manifestantes.
Sua fome era tanta que comeu com casca e tudo.
Condição

Condição é aquilo que se impõe como necessário para a realização ou não de um fato. As orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não ocorrer para que se realize ou deixe de se realizar o fato expresso na oração principal. A conjunção mais utilizada para introduzir essas orações é "se"; além dela, podem-se utilizar "caso, contanto que, desde que, salvo se, exceto se, a menos que, sem que, uma vez que" (seguida do verbo no subjuntivo).

Exemplos:
Uma vez que você aceite a proposta, assinaremos o contrato.
Caso você se case, convide-me para a festa.
Não saia sem que eu permita.
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, certamente o melhor time será o campeão.
Conhecendo os alunos ( = Se conhecesse os alunos), o professor não os teria punido. (oração reduzida de gerúndio)

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS - aula para o Enem

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS - aula para o Enem
Uma oração subordinada adverbial exerce a função de adjunto adverbial do verbo da oração principal.
Exemplos:
Naquele momento, senti uma das maiores emoções de minha vida.
Quando vi o mar, senti uma das maiores emoções de minha vida.
No primeiro período, "naquele momento" é um adjunto adverbial de tempo, que modifica a forma verbal senti. No segundo período, esse papel é exercido pela oração "Quando vi o mar", que é, portanto, uma oração subordinada adverbial temporal. Essa oração é desenvolvida, já que é introduzida por uma conjunção subordinativa (quando) e apresenta uma forma verbal do modo indicativo (vi, do pretérito perfeito do indicativo).
Seria possível reduzi-la, obtendo algo como: Ao ver o mar, senti uma das maiores emoções de minha vida. "Ao ver o mar" é uma oração reduzida porque apresenta uma das formas nominais do verbo (ver é infinitivo) e não é introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma preposição (a, combinada com o artigo o).
Se você já estudou os adjuntos adverbiais, você viu que sua classificação é feita com base nas circunstâncias que exprimem. Com as orações subordinadas adverbiais ocorre a mesma coisa.
A diferença fica por conta da quantidade: há apenas nove tipos de orações subordinadas adverbiais, enquanto os adjuntos adverbiais são pelo menos quinze. As orações adverbiais adquirem grande importância para a articulação adequada de idéias e fatos e por isso são fundamentais num texto dissertativo.
Você terá agora um estudo pormenorizado das circunstâncias expressas pelas orações subordinadas adverbiais. É importante compreender bem essas circunstâncias e observar atentamente as conjunções e locuções conjuntivas utilizadas em cada caso.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Dicas e técnicas de estudo

Dicas e técnicas de estudo

Alimentação turbinada para melhorar o rendimento nos estudos
Na hora de estudar, não basta apenas estar com caderno e lápis na mão: uma mente preparada para absorver conhecimento é imprescindível. Parece simples, mas não é. Muita gente encontra dificuldades para assimilar o que está estudando, seja por sono, por problemas para se concentrar, ou por não conseguir armazenar tanta informação. É nessa hora que a alimentação faz a diferença. O que você ingere interfere diretamente no seu rendimento nos estudos.
"Os estudos podem ser prejudicados por uma alimentação desorganizada e pobre em nutrientes", diz Fernanda Pisciolaro, nutricionista e membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica).
Além disso, regular os horários das refeições também é importante. "É necessário comer pequenas quantidades de alimentos, fracionadas em várias refeições, para facilitar a digestão", conclui.

Aprenda a eliminar pequenos problemas que se podem se tornar um problemão. Confira a seguir:
· Ansiedade: Quando uma prova está próxima demais e parece que o cérebro não absorve nada, surge a ansiedade. Como resultado, vem aquela vontade de "devorar" os livros, mesmo que nenhuma informação seja armazenada no processo. Alimentos como café, açúcar e chocolate estão na lista dos preferidos por quem sofre de ansiedade. Porém, eles devem ser evitados, pois aliviam apenas momentaneamente o nervosismo, que pode voltar depois com intensidade até maior.
A dica é consumir queijo branco, arroz, castanhas, soja, além de leite e iogurte desnatados, que são ricos em triptofano, substância que gera um bom resultado na tentativa de eliminar a ansiedade.

Falta de concentração: Não permita que sua concentração dê um passeio na hora dos estudos, o famoso “viajar na maionese”. A fim de evitar que o pensamento fique disperso, a dica é ingerir alimentos que sejam fonte rápida de energia.

Concordância: "é que"

Concordância: "é que"

O verbo "ser" não varia quando faz parte da expressão de realce "é que": "Os repórteres é que estão certos".

Observe que, por ser um termo de realce, ou seja, um enfeite, essa expressão pode sair da frase: "Os repórteres estão certos".

Se, porém, o sujeito ficar entre “ser” e “que”, o verbo irá para o plural: “São os repórteres que estão certos”.

Destaque-se ainda que, quando não puder sair da frase, o "é que" não será expressão de realce e, assim sendo, o verbo normalmente se flexionará.

Este é o caso de "As estimativas são que mil empresas estão irregulares no Estado".

Sujeito substantivo coletivo - aula para o Enem

Aula para o Enem sobre Sujeito substantivo coletivo

Quando o sujeito for um substantivo coletivo, como bando, multidão, matilha, arquipélago, trança, cacho, ou uma palavra coletiva como maioria, minoria, pequena parte, grande parte, metade, porção, poderão ocorrer três circunstâncias:
Obs.: Coletivo ou palavra coletiva é qualquer vocábulo no singular que indica pluralização de elementos.
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Coletivo sem restritivo:
O verbo ficará no singular, concordando com o coletivo, que é singular.
•O bando sobrevoou a cidade.
•A maioria está contra as medidas do governo.
Coletivo com restritivo plural:
O verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural. A preferência é o singular.
•A multidão de torcedores invadiu / invadiram o campo após o jogo.
•O bando de pássaros sobrevoou / sobrevoaram a cidade.
•A maioria dos cidadãos está / estão contra as medidas do governo.
Coletivo distante do verbo:
O verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural. A preferência é o singular.
•A multidão, após o jogo, invadiu / invadiram o campo.
•O bando, ontem à noite, sobrevoou / sobrevoaram a cidade.
•"Desfilam, assim, diante de nossos olhos, a multidão compósita de 'Não sei dançar', de 'Mangue' e da 'Evocação de Recife'."
Um milhão, um bilhão, um trilhão:
Com um milhão, um bilhão, um trilhão, ocorrem as mesmas regras do sujeito coletivo: verbo no singular; se houver restritivo plural, verbo no singular ou no plural. Caso haja a conjunção e, o verbo ficará no plural.
•Dentre todos os habitantes da Terra, um bilhão vive na miséria.
•Um milhão de pessoas assistiu / assistiram ao show.
•Um milhão e cem mil pessoas assistiram ao desfile.

Verbos derivados de ter, pôr, vir e ver

Verbos derivados de ter, pôr, vir e ver
Os verbos derivados de ter, pôr, vir e ver são dos mais cobrados em exames vestibulares em virtude da dificuldade que a população sente ao conjugá-los. Inúmeros cidadãos brasileiros ilustres cometem deslizes principalmente na conjugação do futuro do subjuntivo desses verbos, em razão da semelhança que esse tempo tem com o infinitivo. Ocorre que a maioria dos verbos tem o futuro do subjuntivo e o infinitivo iguais. Veja:


Era para eu estudar ontem.


Quando eu estudar, aprenderei.


A primeira frase apresenta o verbo estudar no infinitivo; a segunda, no futuro do subjuntivo.


Alguns verbos irregulares e outros anômalos, porém, têm a conjugação do futuro do subjuntivo diferente da do infinitivo. É o que ocorre com os quatro verbos apresentados nesta coluna. Veja:


Era para eu pôr dinheiro na poupança.


Quando eu puser dinheiro na poupança...


A primeira frase apresenta o verbo pôr no infinitivo; a segunda, no futuro do subjuntivo.


É aí que reside a dificuldade. Como na maioria dos verbos o futuro do subjuntivo e o infinitivo são iguais, é muito comum ouvirmos frases como "Se eu por..." Quando eu deter...", já que o cidadão pensa serem iguais em todos os verbos.


Nesta coluna, não nos ateremos apenas aos tempos verbais citados, e sim a toda a conjugação dos verbos apresentados, que você pode conferir no Gramática On-line.


A maneira mais prática, porém, para conjugar adequadamente um verbo derivado é comprovar a existência de tal derivação. Como? Comparando!


Um verbo terminado em –ter será derivado de ter se a primeira pessoa do singular do presente do indicativo terminar em –tenho, pois Todos os dias eu tenho. Se isso ocorrer, toda a conjugação do verbo pesquisado será idêntica à do verbo ter. Por exemplo:


Converter: Todos os dias eu converto, e não Todos os dias eu convertenho. Converter, portanto, não é derivado de ter. Sua conjugação não será, então, idêntica à de ter.
Manter: Todos os dias eu mantenho a calma, e não Todos os dias eu manto a calma. Manter, portanto, é derivado de ter. Toda a sua conjugação é idêntica à do verbo ter:


Ontem eu tive = Ontem eu mantive


Ele teve = Ele manteve


Eles tiveram = Eles mantiveram


Se ele tivesse = Se ele mantivesse


Quando ele tiver = Quando ele mantiver


Um verbo terminado em –ver será derivado de ver se a primeira pessoa do singular do presente do indicativo terminar em –vejo, pois Todos os dias eu vejo. Se isso ocorrer, toda a conjugação do verbo pesquisado será idêntica à do verbo ver. Por exemplo:


Escrever: Todos os dias eu escrevo, e não Todos os dias eu escrevejo. Escrever, portanto, não é derivado de ver. Sua conjugação não será, então, idêntica à de ver.


Prever: Todos os dias eu prevejo, e não Todos os dias eu prevo. Prever, portanto, é derivado de ver. Toda a sua conjugação é idêntica à do verbo ver:


Ontem eu vi = Ontem eu previ


Ele viu = Ele previu


Eles viram = Eles previram
Manter: Todos os dias eu mantenho a calma, e não Todos os dias eu manto a calma. Manter, portanto, é derivado de ter. Toda a sua conjugação é idêntica à do verbo ter:


Ontem eu tive = Ontem eu mantive


Ele teve = Ele manteve


Eles tiveram = Eles mantiveram


Se ele tivesse = Se ele mantivesse


Quando ele tiver = Quando ele mantiver


Um verbo terminado em –ver será derivado de ver se a primeira pessoa do singular do presente do indicativo terminar em –vejo, pois Todos os dias eu vejo. Se isso ocorrer, toda a conjugação do verbo pesquisado será idêntica à do verbo ver. Por exemplo:


Escrever: Todos os dias eu escrevo, e não Todos os dias eu escrevejo. Escrever, portanto, não é derivado de ver. Sua conjugação não será, então, idêntica à de ver.


Prever: Todos os dias eu prevejo, e não Todos os dias eu prevo. Prever, portanto, é derivado de ver. Toda a sua conjugação é idêntica à do verbo ver:


Ontem eu vi = Ontem eu previ


Ele viu = Ele previu


Eles viram = Eles previram
Quando ele vier = Quando ele intervier


Todos os verbos terminados em –por são derivados de pôr. Por exemplo:


Propor: Todos os dias eu proponho.


Toda a sua conjugação é idêntica à do verbo pôr:


Ontem eu pus = Ontem eu propus


Ele pôs = Ele propôs


Eles puseram = Eles propuseram


Se ele pusesse = Se ele propusesse


Quando ele puser = Quando ele propuser

Estudo acerca de o, a, os, as

Estudo acerca de o, a, os, as
Os vocábulos o, a, os, as podem ser artigos, pronomes pessoais do caso oblíquo ou pronomes demonstrativos; o a também pode ser preposição. Vejamos caso a caso:



1) Artigo



Os vocábulos o, a, os, as serão artigos definidos quando determinarem um substantivo, indicando-lhe gênero e número, ou seja, indicando que o substantivo é masculino ou feminino, singular ou plural. Sempre terão à sua frente um substantivo, obviamente. Veja um exemplo:



O homem que comprou o carro deixou o cheque com a secretária.



Nesse exemplo, há quatro artigos - O, o, o e a, que acompanham, respectivamente, os substantivos homem, carro, cheque e secretária.



2) Pronome Oblíquo



Os vocábulos o, a, os, as serão pronomes pessoais do caso oblíquo quando substituírem os pronomes pessoais do caso reto ele, ela, eles, elas, quando estes funcionarem como objeto direto ou como sujeito acusativo.



Os pronomes ele, ela, eles, elas não podem funcionar como objeto direto, a não ser que sejam antecedidos da preposição a. Se não forem antecedidos desta preposição, têm de ser substituídos por o, a, os, as. Por exemplo:



O carro, comprei ele ontem. Essa frase está errada, pois comprar é verbo transitivo direto (Quem compra, compra algo). Não se pode usar, então, o pronome ele. Deve-se substituí-lo por o:



O carro, comprei-o ontem.



O, a, os, as funcionarão como sujeito acusativo quando houver um dos seguintes verbos acompanhado de outro verbo no gerúndio ou no infinitivo: fazer, mandar, ver, deixar, sentir ou ouvir. Quando isso ocorrer, não se pode usar ele, ela, eles, elas entre os verbos. Por exemplo:



O professor mandou o aluno sair.



O substantivo aluno não pode ser substituído por ele, e sim por o, já que há o verbo mandar está acompanhado de outro no infinitivo (sair):



O professor mandou-o sair.



Veja outros exemplos:



O rapaz a fez falar a verdade.

O gerente viu-a colocando o objeto na bolsa.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Concordância com pronome QUE - apostila online

Concordância com pronome QUE - apostila online

Entre os casos especiais de concordância verbal está o dos coletivos e partitivos seguidos de uma expressão no plural, verificado em construções do tipo “a maioria das pessoas veio/vieram” ou “o bando de crianças corria/corriam”.

Como se vê, as duas concordâncias são possíveis – com o núcleo (seguindo o princípio lógico-gramatical) ou com o especificador (concordância atrativa). A escolha de uma ou outra normalmente associa-se à ênfase pretendida por quem constrói a frase.

Na maior parte das vezes, a concordância com o núcleo da expressão é a que “soa melhor” – exatamente por obedecer ao princípio geral de concordância. Assim:

1. A maioria das pessoas chegou antes do entardecer.

2. O bando de mendigos descansava sob a árvore.

O uso de um partitivo (maioria, maior parte etc.) ou de um coletivo (bando etc.) indica a intenção de agrupar, de tratar o plural como singular. Ocorrem, entretanto, situações em que esse tipo de concordância parece não funcionar bem. Veja:

1. A maioria dos homens está atenta ao problema.

2. Um terço das mulheres presentes está grávido.

Melhores do que essas construções seriam as seguintes:

1. A maioria dos homens estão atentos ao problema.

2. Um terço das mulheres presentes estão grávidas.

É fácil perceber por que as últimas frases funcionam melhor. Nelas existe um verbo de ligação seguido de um nome que concorda em gênero e número com o termo a que se refere. É mais claro dizer “homens atentos” e “mulheres grávidas” do que “maioria atenta” e “terço grávido”.

Não se pode, todavia, confundir esse caso de concordância com o seguinte:

“A maior parte dos recursos que ingressou efetivamente no país veio por meio de fusões ou compras parciais de empresas.”

No período acima, a forma “veio” concorda corretamente com o núcleo do sujeito “a maior parte”, mas a forma “ingressou” desvia do padrão de concordância. Seu sujeito é o pronome relativo “que”, cujo antecedente é o termo “recursos”, com o qual o verbo deve concordar.