segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Questões que caem em concursos de prefeitura – Ensino fundamental

Às vezes estudamos muito mais não sabemos como será a prova e na hora deparamos com questões fácies e outras que parecem ser fácies, mas na verdade é uma pegadinha. Para tirar a dúvida de muitas pessoas que nunca fizeram uma prova de concurso de prefeitura a nível fundamental abaixo se encontra 10 questões de português com o gabarito. Essas questões pertencem a uma prova de um concurso realizado recentemente em uma prefeitura no brasil. Um exemplo de como pode ser uma prova de concurso a nível fundamenta.
1. A palavra fiscalizar é grafada com a letra z. Qual,
dentre as alternativas abaixo, está incorretamente
grafada com a referida letra?
a realizar
b paralizar
c amenizar
d organizar
e utilizar
2. Analise a frase abaixo:
Apesar do mecânico ter ............... meu carro, ele
quebrou quando estava indo a uma festa .................
A alternativa que preenche adequadamente a frase
acima é:
a consertado, beneficente
b consertado, beneficiente
c concertado, beneficente
d concertado, beneficiente
e concertado, benefissiente
3. Analise a frase abaixo:
A .......... do feirante era vender todas as ........... de
sua barraca.
A alternativa que preenche adequadamente a frase
acima é:
a pretenção, beringelas
b pretensão, beringelas
c pretensão, berinjelas
d pretenssão, beringelas
e pretenção, berinjelas
4. A palavra álcool é acentuada por ser:
a Monossílabo tônico
b Oxítona
c Paroxítona terminada em ditongo crescente
d Paroxítona terminada em -ol
e Proparoxítona
5. É classificado como tritongo:
a quais
b joelho
c reumatismo
d tesoura
e saúde
6. Na língua portuguesa, existem três tipos de
conjugações verbais. Qual das alternativas abaixo é
exemplo de verbo pertencente à terceira
conjugação?
a cantar
b dormir
c estudar
d vender
e compor
7. A alternativa que apresenta erro quanto à
correlação entre a palavra e seu antônimo é:
a feio – belo
b grande – baixo
c rápido – devagar
d dia – noite
e frio - quente
8. Marque a alternativa incorreta quanto à separação
silábica:
a du-e-lo
b fi-el
c subs-tan-ti-vo
d bis-a-vô
e des-li-gar
9. Não é considerada uma palavra dissílaba:
a coisas
b reino
c leite
d sumiu
e juíza
10. Quantas sílabas possui a palavra perspicácia ?
a 3
b 4
c 5
d 6
e 7

Gabarito:
1B 2A 3C 4E 5A 6B 7B 8D 9E 10B

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Exemplo e modelo de provas e questões de português do ensino fundamental

Exemplo de prova de concurso público de portugues do ensino fundamental. Modelo de provas do ensino fundamental com questões resolvidas com gabarito.
1. Marque a alternativa que possui o plural das
seguintes palavras de forma correta:
cidadão, capitão, visão
a cidadãos, capitães, visões
b cidadões, capitães, visões
c cidadões, capitões, visões
d cidadães, capitões, visãos
e cidadães, capitães, visões
2. Quanto ao gênero do substantivo, é considerado um
substantivo sobrecomum:
a estudante
b servente
c parente
d vítima
e aluno
3. Há três tipos e gradação na qualidade expressa pelo
adjetivo: positivo, comparativo e superlativo.
Assinale a alternativa abaixo que apresenta
incorreção quanto à correlação do grau superlativo:
a feroz – ferozíssimo
b amável – amabilíssimo
c amigo – amicíssimo
d doce – dulcíssimo
e frio – frigidíssimo
4. Está escrito corretamente:
a ezato
b repreza
c azedo
d atrazado
e agazalho
5. Marque a alternativa na qual todas as palavras estão
grafadas corretamente com a letra g:
a ingeção, geito
b larangeira, ferrugem
c gengiva, higiene
d passagem, sargeta
e gorgeta, tigela
6. A frase abaixo está elaborada em qual tempo verbal
do indicativo?
A carta fora escrita pelo chefe da repartição
a pretérito perfeito
b pretérito imperfeito
c pretérito mais-que-perfeito
d futuro do presente
e futuro do pretérito
7. Em nosso idioma, temos três conjugações, as quais
se apresentam como um modelo para aqueles
verbos regulares de conjugação equivalente.
Assinale a alternativa que apresenta um verbo
pertencente à 3ª conjugação:
a perder
b cantar
c partir
d vender
e compor
8. Marque a alternativa que apresenta separação de
sílabas de forma incorreta:
a se-xu-al.
b há-bi-tos.
c re-la-tó-rio.
d prin-ci-pais.
e sa-nea-men-to.
9. O sinônimo está incorretamente relacionado em:
a Hábitos – costumes.
b Prejudiciais – nocivos.
c Estimular – desanimar.
d Morte - falecimento.
e Apontar – indicar.
10. A alternativa que apresenta erro de acentuação
gráfica é:
a pátria.
b saúde.
c segrêdo.
d econômico.
e temporário.

Gabarito:
1A 2D 3A 4C 5C 6C 7C 8E 9C 10C

A visão da gramática

A visão da gramática
Na visão da gramática tradicional, dentro das frases pode-se estudar toda a gramática de uma língua. Nesta visão, convencionou-se que os termos da oração fossem classificados em:
essenciais, integrantes e acessórios.
Os essenciais: sujeito, predicado.
Os integrantes: complemento verbal, complemento nominal, agente da voz passiva.
Os acessórios: adjunto adverbial, adjunto adnominal, aposto.
Ao lado desses, estaria o vocativo, que não pertence nem ao sujeito nem ao predicado.


nota:
A questão do que seria 'integrante' e 'acessório' também é discutida. Acrescenta-se que alguns segmentos gramaticais admitem outras classificações. Entre eles:

•Sujeito, predicado, vocativo.
•Termos associados ao verbo:
(objeto direto, objeto indireto, agente da passiva e adjunto adverbial)
•Termos associados ao nome:
(predicativo do sujeito, predicativo do objeto, complemento nominal, adjunto adnominal e aposto).
Sujeito e predicado – origem em Platão (429-347 a.C.)
A dicotomia sujeito e predicado tem sua origem no grego: na filosofia e lógica gregas.
Aristóteles (384-322 a.C) adota em referência ao sujeito e ao predicado, respectivamente, os termos ônoma (nome) e rhêma (verbo). Portanto, essas noções, que tiveram suas bases nas reflexões filosóficas dos gregos antigos, sob a forma de premissas e conclusões, deram origem ao pensamento do homem ocidental, que se acostumou a relacionar dados conhecidos e deles tirar deduções.
Foram os alexandrinos, que continuaram o trabalho dos estóicos, que acabaram por codificar em termos mais ou menos definitivos o que se conhece como gramática “tradicional” grega. Foram eles que estabeleceram os “cânones”, paradigmas, de flexão.

Foi assim e sempre será?
- Não. Há outros conceitos para análise e estudo da frase, outros pontos de vista, mas, a gramática não mudou - é a mesma.

Exemplos com sujeitos indeterminados

Exemplos com sujeitos indeterminados
•1. Com sujeitos indeterminados:
a) Verbo na 3ª pes. plural, sem referenciação antes ou depois:
Continuaram a rebelião, não se sabe porquê.
Levaram tudo, ela foi literalmente roubada.
Roubaram a minha pasta.
Mataram dois porcos.
Gritaram o nome do senador.
Esqueceram-se de mim.
Disseram que amanhã não haverá aula.
Resolveram todas as questões em meia hora.
Trataram-no de árabe.

b) Verbo (VTDI) na 3ª pes. singular + 'se' (índ. indet. sujeito):
Precisa-se de ajuda. (frase na voz ativa ) Precisa-se de empregados.
Falou-se de cidadania o tempo todo.
Crê-se em Deus.
Necessita-se de melhores oportunidades.
Vende-se a baixo custo.(sentido trans.indireto)
Não se gosta de quem fala a verdade.

c) Verbo ligação (VL) na 3ª pes. sing. + 'se' ( índ. indet. sujeito):
Não se é ministro, se está ministro.
Aqui se é feliz.
Não se vive sem água.

d) Verbo intransitivo (VI) na 3ª pes. sing. + 'se' (índ. indet. sujeito):
Trabalha-se com máquinas pesadas.
Vive-se bem em Curitiba.
Não se entrava naquela casa.


•2. Com sujeito elíptico ou oculto
É um tipo de sujeito determinado, mas que só é identificável pelo contexto ou pela terminação verbal:
Nunca me esqueci de você. (elíptico: eu)
Queixas em vão. (elíptico: tu)
Quando jovem, foi cortejado de muitas mulheres. (elíptico: ele)
A cada meia hora sorria um sorriso triste. (elíptico: ele/ ela)
Irei ao congresso em julho. (elíptico: eu)

•3. Com sujeito inexistente ou oração sem sujeito:
Era ao anoitecer. (estado ambiental)
Chove no meu coração. (uso metafórico de 'chove')
Está fazendo um calor horrível. (fenômeno da natureza)
Há uma tristeza no seu olhar. (haver = existir)
Deve haver muitas frutas na geladeira ( locução verbal)
Estava quente.
Fazia calor.
Não chovia mais.
Saiba também:
Com o verbo haver, no sentido de 'ter' gera uma oração sem sujeito e o complemento é OD (objeto direto):
Há leões na África. (leões = OD) (na África = adj.adverbial)

Por que existe tanta variedade de línguas?

Por que existe tanta variedade de línguas?
As pessoas sempre sentiram a necessidade de se comunicar e, para isso, precisaram criar um sistema de signos – uma língua. Mas como surgiram as línguas? Onde começaram? Elas têm relações entre si? Embora essas perguntas sejam feitas há muito tempo, ainda hoje não é possível responder a elas com absoluta precisão. A variedade de línguas faladas atualmente é muito grande. São conhecidas cerca de 3 mil línguas diferentes.

» As grandes famílias lingüísticas
» Classificação das línguas
As grandes famílias lingüísticas

A origem das línguas
Há duas explicações sobre a origem e a evolução das línguas:

• Alguns lingüistas acreditam que, em dado momento de sua história e num local determinado, a humanidade criou uma língua. Por circunstâncias históricas, como as migrações, essa língua foi evoluindo de modos diversos em distintas regiões do globo.
• Outra corrente de especialistas afirma que, em locais e épocas diferentes, nasceram diversas línguas, que evoluíram posteriormente.

Família indo-européia
A família lingüística mais conhecida e pesquisada é a indo-européia. A maioria das línguas faladas na Europa e algumas das faladas na Ásia, pertencem a essa família, que se foi desenvolvendo a partir de um tronco genealógico comum. Desse tronco originaram-se, paulatinamente, dialetos e subdialetos em uma constante ramificação. As mais importantes línguas indo-européias da atualidade – pelo número de falantes, abrangência, culturas e importância político-econômica – são o inglês, o espanhol, o português e o francês.

As línguas indo-européias no mundo

Família indo-européia

1. Indo-iranianas:
• Indo: sânscrito, hindu, zíngaro.
• Iraniano: afegã, persa, curdo.

2. Armênio.

3. Albanês.

4. Balto-eslavas:
• Bálticas: lituânio, letão.
• Eslavas: búlgaro, sérvio, croata, polaco, russo, eslavo.

5. Itálico:
• Latim: românicas, francês, catalão, galego, franco-provençal, castelhano, português, romeno, italiano, sardo, reto-românico e rético.

6. Helênicas: grego.

7. Célticas: bretão, irlandês, gaélico.

8. Germânicas: dinamarquês, norueguês, sueco, alemão, inglês, frisão, flamengo, islandês, faroês.


Outras grandes famílias lingüísticas

Família afro-asiática • Semíticas: assírio, aramaico, hebraico, fenício, línguas árabes.
• Egípcias: antigo egípcio, copta.
• Bérberes: kabila, tuareg.
• Cusitas: somali.
• Etíopes.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

À medida que – Na medida em que

À medida que – Na medida em que

À medida que equivale a à proporção que,
ao mesmo tempo que.
Ex.: À medida que caminhávamos, o calor ia ficando insuportável.
Na medida em que equivale a tendo em vista que.
Ex.: Na medida em que não havia alunos, as aulas foram suspensas.

Não cometa o erro de escrever:
à medida em que ou na medida que

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O que é um pronome?

O que é um pronome?

Pronome é a classe de palavras que substitui um nome ou o determina. Ele sempre aparece em referência a uma das três pessoas do discurso: primeira, segunda ou terceira, do singular ou do plural:

Ele viajou em nosso carro.
(3ª pessoa singular) (1ª pessoa plural)

O pronome, ao contrário do substantivo, não tem significado único, próprio. Seu significado sempre dependerá do contexto:
Acredito em Júlia; ela é honesta.
(ela > Júlia)

Penso em Flávia; ela me faz falta.
(ela > Flávia)

O pronome pode variar em gênero, número e pessoa e assumir as funções de um substantivo (pronome substantivo) ou de um adjetivo (pronome adjetivo ou determinante).
Classificação dos pronomes
Há seis tipos de pronomes: pessoais, demonstrativos, interrogativos, possessivos, indefinidos, relativos.

Pronomes pessoais
Sua função básica é substituir um nome, indicando diretamente uma das três pessoas do discurso:


• 1ª pessoa (quem fala):
• 2ª pessoa (com quem se fala):
• 3ª pessoa (de quem se fala): eu, nós.
tu, vós.
ele, ela, eles, elas.

Os pronomes pessoais mudam a forma dependendo de sua função. Com isso, subdividem-se em:


• Pronomes pessoais do caso reto (função básica de sujeito): eu, tu, ele, nós, vós, eles.
• Pronomes pessoais do caso oblíquo (função básica de complementos e adjuntos), que se dividem em oblíquos átonos: me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhes, se;
e oblíquos tônicos: mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, (a) ele, conosco, (a) nós, convosco, (a) vós, si, consigo, (a) eles.

Atenção: os oblíquos tônicos são sempre precedidos de preposição.

• Propriedades dos pronomes pessoais
Os pronomes pessoais do caso reto atuam basicamente como sujeito, mas podem aparecer também como:
Predicativo: Eu não sou ele!
Aposto: A Corte só tem um inimigo: ele!
Vocativo: Tu, ó tu, que não me amas.
Atenção: esses pronomes não podem ser usados como objetos diretos:

Errado
Certo

Eu vi ele. Eu o vi.
Uso dos pronomes pessoais do caso oblíquo
• Objeto direto
Ele me viu.
• Objeto indireto
Entreguei-lhe o bilhete.
• Adjunto adnominal
Quebrei-lhe a bicicleta! (a bicicleta dele)
• Complemento nominal
Tenho medo de ti.
• Agente da passiva
Isto foi planejado por mim.
• Adjunto adverbial
Ele nasceu de ti.
• Excepcionalmente como sujeito em oração reduzida
Deixei-o entrar. (que ele entrasse)


Atenção: como objeto, os pronomes o, a, os, as são sempre diretos; o pronome lhe (lhes) é sempre
Atenção: como objeto, os pronomes o, a, os, as são sempre diretos; o pronome lhe (lhes) é sempre indireto.

Formas especiais dos pronomes o, a, os, as
Variam dependendo da terminação do verbo que precedem:

Verbo terminado em r, s, z: formas lo, la, los, las:
comer +o> comê-lo
encontramos +a> encontramo-la
fiz +os> fi-los

Verbo terminado em som nasal: formas no, na, nos, nas:
conhecem +o> conhecem-no
compõe +a> compõe-na

• Pronomes reflexivos/recíprocos

Quando o objeto coincide com o sujeito, o pronome é reflexivo; quando expressa uma ação mútua, o pronome é recíproco:

Ele se feriu. (Feriu a si mesmo)
Nós nos abraçamos. (Abraçamo-nos um ao outro)

Para evitar ambigüidade do tipo: Eles se feriam (um ao outro ou cada um a si mesmo), convém reforçar o que se quer dizer:

Eles feriram a si mesmos.
Eles se feriram mutuamente.

Atenção: os pronomes se, si, consigo sempre são reflexivos ou recíprocos. Portanto:

Errado
Certo

Quero encontrar-me consigo. Quero encontrar-me com você.

Pronomes de tratamento

Pronomes de tratamento
São expressões de cortesia que equivalem a pronomes pessoais de 2ª pessoa; porém exigem o verbo na 3ª pessoa:
Vossa Senhoria
(2ª pessoa) procedeu muito bem.
(3ª pessoa)

É importante conhecer as formas de tratamento convencionais, assim como suas abreviaturas:

Principais pronomes de tratamento
Formas por extenso Abreviatura Referem-se a
Vossa Eminência
Vossa Excelência
Vossa Magnificência
Vossa Reverendíssima
Vossa Santidade
Vossa Senhoria V.Emª
V.Exª
V.Magª
V. Revmª
V.S.
V.Sª cardeais
ministros, prefeitos, generais
reitores de universidades
sacerdotes em geral
papa
pessoas graduadas em geral


Pronomes demonstrativos


• Situam os seres a que se referem, relacionando-os a uma das três pessoas do discurso:
1ª pessoa – este, esta, estes, estas, isto.
2ª pessoa – esse, essa, esses, essas, isso.
3ª pessoa – aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.
Este é o meu lugar, aquele é o dele.

Além dos casos acima, também são pronomes demonstrativos:

• O, a, os, as, quando equivalem a aquele, aquela, aquilo ou isto, isso:
O que mentir será punido!

No exemplo acima, o pronome O equivale a aquele.

• Tal e semelhante, quando equivalem a esse, essa, aquele:
Nunca digas tais asneiras!
• Mesmo e próprio, quando equivalem a pessoalmente ou idêntico, igual:
Não me deram as mesmas chances.
Eles próprios reconheceram.

Atenção: esses pronomes sempre concordam com o nome a que se referem. Assim:

Errado
Certo

Ela mesmo veio aqui. Ela mesma veio aqui.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

As formas verbais “vem”, “vêm” e “veem” – características linguísticas

As formas verbais “vem”, “vêm” e “veem” – características linguísticas

Quando se trata de algumas formas verbais, recorrentes dúvidas tendem a surgir, como é o caso dos verbos ver e vir, entre tantos outros.

Diante disso, as formas ora em questão apresentam semelhanças notórias, contudo constam-se de algumas peculiaridades às quais devemos nos atentar, principalmente quando se tratar da modalidade escrita da linguagem. Para tanto, vejamo-las de modo particular:

O garoto vem correndo ao encontro de sua mãe.

Constatamos que a forma verbal representa a terceira pessoa do presente do indicativo do verbo vir (ele).

Observemos outro exemplo:

Os atletas vêm afoitos para conquistar o primeiro lugar.

Identificamos que a forma verbal representa a terceira pessoa do plural, também do verbo vir. Eis que esta se constitui de um traço peculiar – o acento circunflexo. Tal ocorrência decorre da necessidade em estabelecer a diferenciação entre a terceira pessoa do singular, ora expressa sem acento gráfico (vem), da terceira pessoa do plural – demarcada pelo uso do acento (vêm).

Atenhamo-nos a este outro enunciado:

Os garotos alegram-se quando veem seu desempenho.

Agora cremos se tratar de outra forma verbal – a do verbo ver, ora representando a terceira pessoa do plural, que possui duas importantes peculiaridades:

- a primeira é que a vogal se apresenta duplicada – veem;

- a segunda é que antes do acordo ortográfico tal forma recebia o acento circunflexo e, depois deste, o acento foi eliminado. Portanto, ao nos referirmos a esta, o correto é dizermos: veem.

Entre mim e você ou entre eu e você?

Entre mim e você ou entre eu e você?
No caso oblíquo dos pronomes há as formas “mim” e “ti” que correspondem aos pronomes pessoais “eu” e “tu”, respectivamente. Por este motivo, há sempre muitos equívocos no uso dos mesmos, pois são equivalentes.
Você já escutou frases do tipo: Gostaria que esse assunto ficasse entre eu e você! Isso é entre mim e ele!
De acordo com a norma culta da língua, a primeira oração está equivocada! O correto é: Entre mim e você ou Entre mim e ti! Esse fato é justificado no emprego do pronome oblíquo após preposição (entre) ao invés do pronome pessoal. Obedecendo a este princípio, a segunda oração está adequada!
Para ficar mais claro, os pronomes oblíquos têm função de complemento e os pessoais do caso reto de sujeito:
1. Ela mandou o recado para mim.
Veja: Ela mandou. O quê? O recado. Para quem? Para mim. Logo, “mim” está completando o objeto direto “recado”.
2. Dê-me uma folha para eu escrever o recado.
Veja: Alguém vai praticar a ação de escrever. Quem? Eu. Logo, “eu” é o sujeito da oração.
O mesmo acontece com as demais preposições, além de “para” e “entre”:
a) Ele falou algo sobre mim.
b) Faça isso por nós.
c) Nós não podemos falar por ti!
Portanto, é errado dizer “para mim fazer”, pois quem vai praticar a ação é “eu”: para eu fazer.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

50 pegadinhas da língua portuguesa para estudar para concurso

50 pegadinhas da língua portuguesa para estudar para concurso
Ela quer se aparecer.

Termo muito usado e completamente errado. Certos verbos são essencialmente pronominais como suicidar-se, por exemplo. Outros, porém, jamais podem ser usados com pronomes, como os verbos da dica anterior, simpatizar ou antipatizar.

Trazemos um desses verbos que jamais são usados com pronome, que é o verbo aparecer. Esse é um típico verbo intransitivo. Não admite voz reflexiva, objetos de espécie alguma. Não se pode aparecer ninguém e, também, aparecer a si mesmo. Escreve-se corretamente, assim:
Ela quer aparecer.
Pegadinha 2
São os banqueiros que acabam lucrando.
Neste tópico de dicas de português para concursos, a expressão é que não é genuinamente um verbo. Trata-se simplesmente de uma locução de realce, que a usamos, evidentemente, para dar destaque à ideia expressa na frase.

Por tratar-se de um mero adorno frasal, essa locução é totalmente dispensável sem prejuízo para o sentido da oração. Exemplo: É os banqueiros que acabam lucrando. = Os banqueiros acabam lucrando. (A igualdade é de significação, é lógico.)

Mais exemplos:

Só nós dois é que sabemos o quanto nos queremos bem. (Letra de canção portuguesa.) Seria ridículo dizer: Só nós dois somos que sabemos o quanto nos queremos bem. A frase original pode ser escrita, sem nenhum prejuízo para a sua significação: Só nós dois sabemos o quanto nos queremos bem.

É eles que representarão o presidente. Essa frase está correta. Estaria incorreta se fosse escrita assim: São eles que representarão o presidente. Se eliminarmos do contexto a expressão de realce é que, veremos que o sentido é o mesmo: Eles representarão o
presidente.
Muito cuidado! Nas questões de português, sobre concordância verbal, as organizadoras de vestibulares e concursos públicos costumam usar, de vez em quando, frases desse tipo, induzindo o vestibulando ou concursando a considerá-las incorretas.

Concluindo, indicamos como escrita correta da frase do topo a seguinte construção:


É os banqueiros que acabam lucrando.

ou

Os banqueiros é que acabam lucrando.


Lembrar: é que – é uma locução de realce.



Pegadinha 3



Inglaterra confirma invasão ao Iraque.




Jamais poderá ocorrer invasão a lugar algum. Porém, o que é possível acontecer é invasão de algum lugar. Escreve-se com correção, assim:



Inglaterra confirma invasão do Iraque.


Veja, a seguir, outros exemplos corretamente escritos:

Invasão de privacidade.

Invasão de domicílio.

A invasão do estádio pela polícia deu-se às 20 horas de ontem.



Pegadinha 4



O acidente aconteceu porque o motorista dormiu no volante.


Para que alguém consiga dormir no volante, é necessário que este seja, no mínimo, do tamanho de uma cama. Convenhamos, volantes desse tamanho ainda não foram fabricados.

Então, melhor seria dormir no banco do automóvel ou, mais adequadamente, em uma cama com mais conforto. Quem dorme bem, dorme em algum lugar. Já "dormir próximo" ou "junto" significa dormir a (preposição) com o respectivo artigo (o ou a). O correto seria escrever:


O acidente aconteceu porque o motorista dormiu ao volante.


A seguir, outros exemplos de frases corretamente grafadas:

A moça dormiu ao computador.

O marinheiro dormiu ao timão.

Romeu dormia à janela de Julieta.
Pegadinha 5


Marcos é um parasita da mulher.


Parasita, com a final, é denominação exclusiva de certas plantas. Para pessoas e animais, usa-se parasito. O correto seria escrever:


Marcos é um parasito da mulher.


Eis outros exemplos de frases corretamente grafadas:

Raquel age como um parasito da mãe.

Há sujeitos que são autênticos parasitos da sociedade.

A pulga é um parasito, como também o é o carrapato.

Precisamos exterminar as parasitas que estão nessa árvore.

As parasitas debilitaram nosso pomar.


Pegadinha 6


Confesso que me simpatizei com ela.


O verbo simpatizar, como também seu antônimo antipatizar não são empregados com pronomes. Portanto, escreve-se correto, grafando-se assim:


Confesso que simpatizei com ela.


Abaixo, seguem outros exemplos de frases corretamente escritas:

Você simpatizou com a moça, mas ela antipatizou com você.

Antipatizo com políticos em geral.

Simpatizamos com a nova professora.

Eles antipatizam conosco.


Pegadinha 7


Começou nevar hoje cedo em Urubici.


Certas notícias são dadas de modo negligente, sem nenhuma preocupação com as regras do idioma. O verbo começar forma locução com outro verbo, no infinitivo, por intermédio da preposição a. Exemplos:

Nice começou a chorar.

Naquela hora, Eliane começou a rir.

Começou a chover.

Eis a frase do topo corretamente escrita:


Começou a nevar hoje cedo em Urubici.



Pegadinha 8


Vou mostrar-lhe meu caderno, mas não repare a desorganização.


O verbo reparar assume dois significados. O que irá determiná-los é a presença ou não da preposição em. Veja, a seguir:

Com a preposição em significa notar, observar: Repare nos exemplos que damos nesta lição de gramática.

Entre, mas não repare na bagunça.

Posso escrever, porém não reparem em meus erros de português.

Sem a preposição em, significa consertar, indenizar: O técnico reparou o computador que estava avariado.
A empresa reparou os danos causados.

O juiz condenou o prefeito a reparar os prejuízos sofridos pelos camelôs.

O mecânico reparará o motor do carro.

Então escreve-se corretamente a frase original da seguinte maneira:


Vou mostrar-lhe meu caderno, mas não repare na desorganização.



Pegadinha 9


Residente à Rua Joana Sartóri.


As palavras residente, morador, situado e sua forma reduzida sito não admitem a preposição a para ligar-se ao respectivo logradouro, mas, sim, a preposição locativa em. Não se diz, por exemplo, que um imóvel está situado a Campinas, porém em Campinas.

Veja os exemplos que seguem: O escritório, sito na Rua Filisbina, recebe seus clientes de segunda a sexta-feira. O prédio está situado na Avenida Duque de Caxias. Márcio, morador na Travessa Cotia, prestou depoimento ontem. Resido na Alameda Tabajara.

A frase do topo escrita corretamente fica assim:


Residente na Rua Joana Sartóri.



Pegadinha 10


Costuma se fazer bons negócios nesta feira.


O verbo concorda com o seu sujeito, na voz passiva. Observe que temos dois verbos, um auxiliar e outro, principal.

Veja outros exemplos de uso da voz passiva em situações semelhantes: Não se podem prever essas situações. (Não podem ser previstas essas situações.) Devem-se devolver os crachás ao final do evento. (Devem ser devolvidos os crachás ao final do evento.)

A frase inicial estaria corretamente escrita da seguinte maneira:


Costumam se fazer bons negócios nesta feira.



Pegadinha 11


Não exceda da dosagem alcoólica permitida.


O verbo exceder não admite preposição. Outros exemplos: O motorista foi multado porque excedeu os limites de peso de carga de seu caminhão. (Errado: O motorista foi multado porque excedeu dos limites de peso de carga de seu caminhão.) Lotação: 42 passageiros. Não exceda este limite. (Errado: Lotação: 42 passageiros. Não exceda deste limite.)

O certo seria escrever a frase original do seguinte modo:
Pegadinha 12


Não fiz o dever de matemática.


Para muitas pessoas, há uma confusão muito grande, envolvendo os significados das palavras dever e deveres. Inicialmente, determinemos suas semânticas, conforme os bons dicionários:
dever: obrigação;
deveres: tarefas (sempre no plural).
O exemplo seguinte economiza muita explicação e esclarece a questão:
O dever de cada estudante é fazer seus deveres escolares.

Talvez, esta regrinha ajude a estabelecer com mais clareza a distinção:
deveres (tarefas) se fazem;
dever (obrigação) se cumpre.

Outros exemplos:
Ele cumpriu o dever de pai.
O dever de todo militar é servir o seu país.
Deixei de fazer os deveres de geografia.
Ela não dá conta de realizar os deveres domésticos. Precisa de uma empregada.
A frase original, corrigida, fica assim:


Não fiz os deveres de matemática.



Pegadinha 13


O comandante nos disse que ficássemos alertas.


Aqui está uma dica de português para vestibular e concurso, a qual tem gerado muita controvérsia. A palavra alerta pertence à classe dos advérbios e, como tais, é invariável. Não se flexiona para indicar gênero (Ele está alerta.), como também para indicar número (Permaneço alerta. Permanecemos alerta. Eles permanecem alerta.). Só se admite variação, quando substantivada, isto é, quando a palavra estiver acompanhada de artigo (Esqueci os alertas do comandante.).

Então, depois da correção da frase inicial, fica assim:


O comandante nos disse que ficássemos alerta.



Pegadinha 14


Depois de vinte minutos de interrupção, o árbitro deu continuidade ao jogo.


Esta seção de dicas de português para concursos expõe um grande equívoco de uso das palavras continuidade e continuação, conforme se explica a seguir.
continuidade — propriedade física da superfície dos corpos;
continuação — prosseguimento;
Pegadinha 15


A polícia não pode prendê-lo porque ele é de menor.


Eis uma seção de dicas de português para vestibulares e concursos cuja sutileza muita gente boa não percebe.

O predicativo dessa frase liga-se ao sujeito com auxílio de verbo de ligação sem preposição.

O povo é que construiu essa anomalia. Veja outros exemplos de predicativo:
Ele é sargento do exército.
Ela é maior de 14 anos.
Ela é a rainha do colégio.
Ele é menor de 6 anos.
Meu pai é professor.

Então, depois da correção da frase inicial, fica assim:


A polícia não pode prendê-lo porque ele é menor de idade.



Pegadinha 16


Sou difícil de fazer amizade.


Neste tópico de dicas de português para concursos, a frase já se inicia por uma incoerência, pois ninguém é difícil ou fácil de coisa alguma. Pelo menos, assim se espera. O que é difícil não é a pessoa, mas sim a ação de fazer amizade. O sujeito dessa frase é oracional — fazer amizade — e o predicativo é difícil. O verbo é de ligação — ser.

Então, depois da correção da frase inicial, fica assim:


É-me difícil fazer amizade.
ou
Fazer amizade me é difícil.
ou
Fazer amizade é difícil para mim.



Pegadinha 17


Já comuniquei o chefe que a mercadoria chegou.


Esta pegadinha de português para vestibular e concurso aborda um deslize sutil e corriqueiro, ideal para uma questão de concurso. Não devemos, jamais, comunicar uma pessoa, seja ela quem for. O que se comunica é o objeto da comunicação, isto é, o assunto, o fato ocorrido. Comunica-se, sim, à pessoa um determinado fato.

O verbo comunicar possui dois objetos. Um deles é o objeto indireto, que é a pessoa que recebe a comunicação. A esse objeto o verbo se liga sempre por meio de preposição. O outro complemento verbal é o objeto direto, que representa o fato comunicado.

Veja os seguintes exemplos: Daniel comunicou ao Mário a demissão da antiga secretária
O presidente comunicou ao povo a decisão que tomara quando decidiu o caso.
Pegadinha 18


A rapariga está meia aborrecida.


Mais um exemplo de pegadinha que tirou preciosos pontos para a aprovação de muitos vestibulandos e concursandos. Meia, modificando substantivo, é adjetivo e varia em gênero e número.

Exemplos:
Meio litro de água. (metade do litro)
Meia xícara de café. (metade da xícara)
Ele fala em meias palavras. (metade das palavras, como metáfora de "não dizer tudo")
Ele se expressa em meios termos. (idem, explicação acima)
Meio, modificando adjetivo, é advérbio e, como tal, não varia. Exemplos:
Ela está meio triste.
As duas moças permanecem meio confusas.

Então, depois de corrigida a frase inicial, fica assim:


A rapariga está meio aborrecida.



Pegadinha 19


Mais de um artista cantarão.


Este caso exige-nos atenção redobrada. Embora saibamos que a expressão "mais de um artista" representa, no mínimo, duas pessoas, devemos levar o verbo à forma da terceira pessoa singular cantará, fazendo a concordância gramatical com o numeral um da expressão "mais de um".

Veja outros exemplos:
Mais de um automóvel foi sorteado.
Mais de uma mulher assistiu à cena.
Do mesmo modo, é feita a concordância de frases do tipo Menos de dois alunos fizeram a prova. Nessa frase, embora compreendamos que a expressão "menos de dois alunos" representa, quantitativamente, um aluno; a concordância também é gramatical, com base no numeral dois da expressão "menos de dois alunos", e não ideológica, isto é,
com a idéia ou sentido que a frase puder sugerir.

Outros exemplos:
Menos de dois livros, foram queimados no incêndio.
Menos de duas moças saíram antes de o espetáculo se findar.
Então, depois de corrigida a frase inicial, fica assim:


Mais de um artista cantará.
Pegadinha 20


Eu nasci há trinta e cinco anos atrás.


Esta pegadinha nos lembra uma famosa música dos anos setentas — Eu nasci há dez mil anos atrás. Há excesso nessa frase! Quando ocorre excesso desse tipo, dizemos que existe redundância, isto é, repetição viciosa, que só empobrece a linguagem de quem a comete. O verbo haver, por si só, já representa "tempo transcorrido", a palavra atrás é redundante. Deve-se, portanto, escolher — ou se escreve há, do verbo haver, ou atrás. Então, depois de corrigida a frase inicial, poderia ser escrita de duas maneiras:


Eu nasci há trinta e cinco anos.
ou
Eu nasci trinta e cinco anos atrás.



Pegadinha 21


Viemos aqui, nesta hora, expressar nosso agradecimento pelo grande favor que nos fizeram.


Neste caso, apresenta-se um verbo comumente usado de maneira errada em algumas de suas formas. Nesta oportunidade falaremos apenas sobre um desses deslizes cometidos com o uso indevido do verbo vir. Ninguém diz: "estivemos aqui, nesta hora." Diz-se, porém, no tempo certo: "estamos aqui, nesta hora." Se é "nesta hora" que o fato ocorre, então, o verbo deve estar no presente.

Então, depois da correção, tem sua frase inicial assim escrita:


Vimos aqui, nesta hora, expressar nosso agradecimento pelo grande favor que nos fizeram.



Pegadinha 22


O político que se pode confiar ainda não nasceu.


Este é erro próprio da fala popular, linguagem que não está nem aí para a regência verbal. Erros desse tipo são muito explorados em provas de vestibulares e concursos públicos. Esteja alerta, caro leitor. A regência do verto confiar exige a preposição em, pois quem confia, confia em alguém, e não confia alguém.

Este tópico, depois da correção, tem sua frase inicial escrita assim:


O político em que se pode confiar ainda não nasceu.
Pegadinha 23


Traze-me uns pastelzinhos.


Neste tópico, focalizamos um aspecto muito explorado em provas de vestibulares e concursos públicos - o plural dos diminutivos em -zinho -, que é feito do seguinte modo:
A - leva-se o substantivo ao plural em seu grau normal: pastéis;
B - retira-se o s final: pastei;
C - acrescenta-se -zinhos, e pronto: pasteizinhos.

Outros exemplos:
pãezinhos
carreteizinhos
limõezinhos
caracoizinhos
aneizinhos

Depois da correção, a frase correta fica assim:


Traze-me uns pasteizinhos.



Pegadinha 24


O relógio marcou meio-dia e meio.


Esta pegadinha que, de vez em quando, figura em provas de vestibular e concurso, sempre acaba tirando candidatos do páreo. A palavra que se refere a horas é meia e não meio. Diz-se nove horas e meia, vinte horas e meia e assim por diante. Então, depois da correção, temos a seguinte frase:


O relógio marcou meio-dia e meia.



Pegadinha 25


Ao comer, tenha cuidado com os espinhos de peixe.



Esta pegadinha apresenta mais uma popularização errônea de uma palavra. Peixe não tem espinhos. Isso é próprio de certas plantas e, quando muito, do porco-espinho. Peixe tem espinhas. É bom estar preparado para a ocorrência de casos como o desta dica, em provas de vestibular e concurso.

Então, depois da correção, temos a seguinte frase:


Ao comer, tenha cuidado com as espinhas de peixe.



Pegadinha 26


Nossa situação está russa.


Esta pegadinha nos adverte para não confundir estado físico ou mental com estado político. Russa refere-se à Rússia. Quando se quer dizer que a situação está feia, diz-se que está ruça (com ç), que significa a cor pardacenta, escura. Em provas de vestibular e concurso, não é raro questões desse gênero.

Então, depois da correção, temos a seguinte frase:


Nossa situação está ruça.
Pegadinha 27


O juiz leu os 3º, 4º e 5º parágrafos.


Eis um tema frequentemente cobrado em provas de vestibular e concurso — a concordância nominal. A frase em destaque, acima, está mal formulada quanto ao aspecto da concordância nominal. Mesmo que haja uma lista ou uma série de elementos antes do artigo, este deve concordar com o elemento mais próximo. O artigo deve ficar no singular, diante de palavra no singular.

Exemplos:
Este cartório serve a 2ª e 3ª varas de família.
A revogação atingiu o 4º, 5º, 6º e 7º artigos da antiga lei.
Estamos discutindo o I e II itens do contrato.
A 1ª, 2ª e 3ª séries terão aulas de educação física.
Então, depois da correção, temos a seguinte frase:


O juiz leu o 3º, 4º e 5º parágrafos.



Pegadinha 28


O chefe reclamou porque a secretária não tinha entregue o relatório.


Nesta pegadinha, temos que considerar que existem duas línguas faladas no País — a culta e a popular. Esta é falada sem nenhuma preocupação com o idioma, enquanto aquela cujo conhecimento é exigido em provas de vestibular e concurso, subordina-se às normas da língua portuguesa falada no Brasil. O verbo entregar possui dois particípios — entregue e entregado. Com os verbos ter e haver, usa-se entregado. Por outro lado, a forma entregue é usada com os verbos ser e estar.

Exemplos:
A moça não havia entregado o bilhete.
João já tinha entregado as passagens.
Uma lista nova é entregue todas as manhãs.
Não se preocupe, a encomenda foi entregue.
A mercadoria está entregue.
A frase acima, depois de corrigida, fica assim:


O chefe reclamou porque a secretária não tinha entregado o relatório.



Pegadinha 29


Ele se acorda às seis horas todos os dias.


Nesta frase o pronome se está tornando a frase incoerente, isto é, o emprego desse pronome é inadequado. Em provas de vestibular e concurso público, esse tipo de ocorrência provoca a chamada incoerência textual ou linguagem inconsequente.
Ninguém acorda a si mesmo! Cada indivíduo, simplesmente, acorda ou, então, é acordado por alguém, algum som alto, um terremoto etc. Agora, decididamente, acordar a si mesmo é proeza que escapa à habilidade humana. A frase equivocada, depois de corrigida, fica assim:


Ele acorda às seis horas todos os dias.



Pegadinha 30


O governo vai criar novos impostos.


A expressão criar novos é da mesma família de subir pra cima, descer pra baixo, chutar com os pés etc. Já que não é viável criar nada velho, escreva-se, pois, apenas criar, e pronto! A frase inicial, depois de corrigida, fica assim:


O governo vai criar impostos.



Pegadinha 31


Não me importo que o Palmeiras perca.


Faz-se três construções com o verbo importar-se, sempre pronominal no sentido de ter
importância ou interesse:

1 - quando o sujeito for uma oração introduzida pela conjunção integrante que, o
verbo importar deve estar no subjuntivo (exclusivamente para casos como o da
presente dica). Exemplos:
Não me importa que você discorde.
Não me importa que o partido perca.
2 - quando o sujeito não for uma oração, usa-se somente importa, sem a
conjunção que:
Não me importa a derrota da Argentina.
3 - se ao verbo seguir a preposição com, emprega-se importo, forma do presente
do indicativo. Exemplos:
Não me importo com tuas lamúrias.
Não me importo com frescuras.
Outros exemplos em outros tempos verbais:
Não me importará que ele vença a competição.
Não me importaria que Márcia dissesse a verdade.
Naquela época, não me importava que a economia fosse mal.
Não me importaram os elogios baratos.
Não me importou a vitória inglesa.
Não me importarei com divertimentos banais.
Não me importava com coisa alguma.
Depois da correção, a frase fica assim:
Não me importa que o Palmeiras perca.



Pegadinha 32


A palestra agradou os congressistas.


Esta é uma questão de transitividade verbal. O verbo agradar, usado como transitivo
direto, significa fazer carinho, mimar, enfim fazer as vontades.

Exemplos:
A mãe agrada o filho recém-nascido, a fim de que ele pare de chorar.
A namorada agrada o rapaz, com elogios e atenções desmedidos.
Conforme exposto acima, palestra nenhuma poderá agradar os congressistas ou quem
quer que seja.
Uma boa palestra, mas só se for boa mesmo, poderá agradar aos congressistas (note a
preposição a); pois o verbo agradar, usado como transitivo indireto, significa
corresponder à expectativa, satisfazer, produzir agrado. Veja outros exemplos de
frases com o verbo agradar, empregado como transitivo indireto. Exemplos:
O filme agradou aos estudantes.
A prova agradou aos candidatos.
O resultado não agradou a mim.

A frase inicial, depois da correção, se apresenta assim:


A palestra agradou aos congressistas.



Pegadinha 33


Ganho apenas um mil reais por mês.


Não se mistura um (singular) com mil (plural). Com mil só se usam os numerais dois,
três, quatro e os que exprimirem valor superior.

Exemplos:
Comprei mil quilos de farinha.
Vendemos mil quilos de peixe,
Transportamos dois mil suínos para o Nordeste.
Trouxemos seis mil sacas de cimento.

A frase inicial, depois da correção, fica assim:


Ganho apenas mil reais por mês.



Pegadinha 34


O time perdeu porque seu centroavante não chutou em gol durante toda a partida.


Neste caso, quem acaba perdendo, verdadeiramente, é quem diz ou escreve uma frase
dessas, desperdiçando a oportunidade de calar-se. O verbo chutar admite as seguintes
regências: chutar a, chutar para, chutar contra ou, simplesmente, chutar. Exemplos:
O jogador chutou a gol.
O jogador chutou para o gol.
O jogador chutou contra o gol.
O goleiro chutou para fora.
A obrigação do preenchimento da guia é do próprio contribuinte!


A palavra obrigação exige um tipo de preposição, conforme o elemento ao qual se refere. Referindo-se a nomes, no sentido de fazer uma determinada ação, obrigação exige a preposição a. Referindo-se a verbos, exige a preposição de. Já, referindo-se a nomes, usada sempre no plural (obrigações), no sentido de compromisso, exige a combinação das preposições para com.

Exemplos:
A obrigação ao alistamento militar é intransmissível. (fazer o alistamento)
A obrigação de pagar as custas é do requerente.
Todo técnico de futebol tem obrigação para com seus jogadores.
A frase inicial, depois da correção, fica assim:


A obrigação ao preenchimento da guia é do próprio contribuinte!



Pegadinha 37


Toda a mulher casada deveria saber dirigir automóvel.


Toda a (note a presença do artigo) significa inteira. Depois desse entendimento, a frase
parece esdrúxula da cabeça aos pés!
Toda (note a ausência do artigo) significa qualquer. Agora, sim, a frase passa a ter sentido,
pois se quer referir, na frase inicial, a qualquer mulher, e não à mulher inteira.
Veja os seguintes exemplos:
Todo homem deveria falar uma língua além da materna. (qualquer homem)
Todo o homem tremia de frio. (o homem inteiro)
Toda a cidade festejou a vitória do time. (a cidade inteira)
Toda cidade tem problemas com drogas. (qualquer cidade)
A frase inicial, depois da correção, fica assim:


Toda mulher casada deveria saber dirigir automóvel.



Pegadinha 38


Se você ver o Marcos, diga-lhe que a data do concurso foi adiada!


Esta frase representa uma pedra no sapato para muitos candidatos. O futuro do
subjuntivo do verbo ver faz-se assim: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.
A frase inicial, depois da correção, fica assim:


Se você vir o Marcos, diga-lhe que a data do concurso foi adiada!
Pegadinha 39


Depois que ouvi a notícia, fiquei curioso por conhecer aquela cidade.


Eis um equívoco no uso da regência nominal. Curioso e curiosidade pedem a preposição de para unirem-se a seus complementos. Algumas vezes, ficamos curiosos de ou temos curiosidade de alguma coisa, porém jamais por alguma coisa.

Exemplos:
Curioso de saber por que errava tanto, resolvi ler mais e estudar português.
Curioso de vê-lo chegar àquela hora, quis saber onde estivera.
A curiosidade infantil de entender como o rádio funcionava levou-o à faculdade de
engenharia, na qual destacou-se como o mais qualificado aluno.
A palavra curioso pode ser usada sem complemento. Algumas pessoas são levadas a
confundir a regência nessa construção, achando, erroneamente, que curioso pede a
preposição por.

Exemplo:
Sou curioso por estar sempre inquieto.
Levando a frase acima à ordem direta, comprova-se que a preposição não é exigida pela
palavra curioso, mas apenas é parte integrante do adjunto adverbial de modo:
Por estar sempre inquieto, sou curioso.
A frase correta seria:


Depois que ouvi a notícia, fiquei curioso de conhecer aquela cidade.



Pegadinha 40


Na prova, pediam-se cálculos difíceis de resolverem.


A presente frase apresenta erro no uso do infinitivo. Não se flexiona o infinitivo que vem depois das expressões difíceis de, fáceis de, bons de, gostosos de etc.

Exemplos:
Filmes difíceis de compreender.
As explicações da professora são fáceis de entender.
São trabalhos bons de realizar.
Bolos gostosos de saborear.
A frase acima estará correta, se assim for escrita:


Na prova, pediam-se cálculos difíceis de resolver.



Pegadinha 41


O preço do quilo da laranja varia entre um a dois reais.


Esta frase é de relativa importância para quem vai prestar provas de concursos. Entre
se relaciona com e, e não com a:
O espetáculo começará entre vinte e vinte e uma horas.
Ela quer se aparecer.



Termo muito usado e completamente errado. Certos verbos são essencialmente pronominais como suicidar-se, por exemplo. Outros, porém, jamais podem ser usados com pronomes, como os verbos da dica anterior, simpatizar ou antipatizar.

Trazemos um desses verbos que jamais são usados com pronome, que é o verbo aparecer. Esse é um típico verbo intransitivo. Não admite voz reflexiva, objetos de espécie alguma. Não se pode aparecer ninguém e, também, aparecer a si mesmo. Escreve-se corretamente, assim:



Ela quer aparecer.



Pegadinha 2



São os banqueiros que acabam lucrando.


Neste tópico de dicas de português para concursos, a expressão é que não é genuinamente um verbo. Trata-se simplesmente de uma locução de realce, que a usamos, evidentemente, para dar destaque à ideia expressa na frase.

Por tratar-se de um mero adorno frasal, essa locução é totalmente dispensável sem prejuízo para o sentido da oração. Exemplo: É os banqueiros que acabam lucrando. = Os banqueiros acabam lucrando. (A igualdade é de significação, é lógico.)

Mais exemplos:

Só nós dois é que sabemos o quanto nos queremos bem. (Letra de canção portuguesa.) Seria ridículo dizer: Só nós dois somos que sabemos o quanto nos queremos bem. A frase original pode ser escrita, sem nenhum prejuízo para a sua significação: Só nós dois sabemos o quanto nos queremos bem.

É eles que representarão o presidente. Essa frase está correta. Estaria incorreta se fosse escrita assim: São eles que representarão o presidente. Se eliminarmos do contexto a expressão de realce é que, veremos que o sentido é o mesmo: Eles representarão o
presidente.

Muito cuidado! Nas questões de português, sobre concordância verbal, as organizadoras de vestibulares e concursos públicos costumam usar, de vez em quando, frases desse tipo, induzindo o vestibulando ou concursando a considerá-las incorretas.
Pegadinha 43


Fiquem absolutamente tranquilos, eu ressarço os acionistas.


Nesta pegadinha falaremos sobre um verbo com certas anomalias. Trata-se do verbo ressarcir. Esse verbo só é conjugado nas formas em que o acento tônico não incide no radical. Desse modo, o presente do indicativo só possui as formas: ressarcimos e ressarcis.

Quando não existe uma determinada forma verbal, substituímos por outra de mesmo significado. Em nosso caso, podemos permutar pelas correspondentes formas dos
verbos compensar, indenizar ou outro equivalente.
A frase inicial, depois da correção, fica assim:


Fiquem absolutamente tranquilos, eu indenizo os acionistas.



Pegadinha 44


Estou sem nenhuma moral para fazer a prova.


O vocábulo moral (a moral, no feminino) quer dizer relativo à moralidade, aos bons costumes, que procede conforme à honestidade e à justiça, que tem bons costumes, diz-se de tudo que é decente, educativo e instrutivo (Dic. Michaelis).. Um indivíduo sem nenhuma moral é um devasso.

Já, no masculino (o moral) quer dizer disposição do espírito, energia para suportar as dificuldades, os perigos; ânimo. Um indivíduo sem nenhum moral é alguém desanimado, desmotivado.

A frase inicial, depois da correção, fica assim:


Estou sem nenhum moral para fazer a prova.
As inscrições para o concurso encerrar-se-ão amanhã.


Veja, a seguir, as corretas regências de inscrição, inscrito e inscrever.
1 - Inscrição a:
Fiz minha inscrição ao concurso do TRT.
As inscrições ao vestibular iniciam-se amanhã.
2 - Inscrito em, para:
Você está inscrito no (ou para o) vestibular.
Estão inscritos para o (ou no) concurso do TRE.
3 - Inscrever em:
Para inscrever-se neste concurso é necessário falar inglês fluentemente.
Ele se inscreveu no vestibular.
A frase inicial, depois de corrigida, fica assim:


As inscrições ao concurso encerrar-se-ão amanhã.



Pegadinha 49


O professor está para Salvador.


Quem está, está em algum lugar, e não está para algum lugar. Só se admite estar para no cálculo de proporções: dois está para três, assim como nove está para x.

A frase inicial, depois da correção, fica assim:


O professor está em Salvador.



Pegadinha 50

o que devemos observar para construir um texto:

o que devemos observar para construir um texto:

1. O parágrafo é um conjunto de enunciados que se unem em torno de um mesmo sentido;
2. Não se deve esgotar o tema no primeiro parágrafo. Este deve apenas apontar a questão que vai ser desenvolvida;

3. O parágrafo seguinte é sempre uma retomada de algo que ficou inexplorado no parágrafo anterior ou anteriores. Pode ser uma palavra ou uma idéia que mereça ser desenvolvida;

4. Um texto é constituído por parágrafos interdependentes, sempre em torno de uma mesma idéia;

5. Reconheça mentalmente o que você sabe sobre o tema. É possível fazer um plano, mas talvez seja mais prático você listar as palavras-chave com que vai trabalhar. Preocupe-se com a seqüência do texto, utilizando os recursos de coesão de frase para frase e de parágrafo para parágrafo, sem perder de vista a coerência;

6. O parágrafo final deve retomar todo o texto para concluí-lo. Por isso, antes de escrevê-lo, releia tudo o que escreveu. A fim de fechar bem o texto, o parágrafo conclusivo deve retomar o que foi exposto no primeiro;

7. Todo texto representa o ponto de vista de quem o escreve. E quem escreve tem sempre uma proposta a ser discutida para poder chegar a uma conclusão sobre o assunto;

8. O texto deve demonstrar coerência, que resulta de um bom domínio de sua arquitetura e do conhecimento da realidade. Deve-se levar em conta a unidade de idéias, aliada a um bom domínio das regras de coesão;

9. Desde que o tema seja de seu domínio e você tenha conhecimento dos princípios de coesão e da estrutura dos parágrafos, as dificuldades de escrever serão bem menores;

10. Leia tudo o que for possível sobre o tema a ser desenvolvido para que sua posição seja firme e bem fundamentada

Abreviação vocabular – Um processo de formação de palavras

Abreviação vocabular – Um processo de formação de palavras
Se alguma vez ou determinadas vezes você pronunciou palavras como Sampa, japa, portuga, entre outras... é hora de saber que tal procedimento, mesmo que pertença a uma linguagem coloquial, representa um fato linguístico – razão pela qual se torna passível de se integrar ao conhecimento de todos nós – usuários da língua.

Pois bem, como sabemos, as palavras que compõem nosso léxico são resultantes de um processo, umas pela junção de termos, outras pelo acréscimo de prefixos e sufixos, entre outras características. Desta forma, o presente artigo tem por objetivo ressaltar acerca de uma delas – a abreviação vocabular, cujo traço peculiar se manifesta por meio da eliminação de um segmento de uma palavra no intuito de se obter uma forma mais reduzida, geralmente aquelas mais longas. Diante disso, vejamos alguns exemplos:

metropolitano – metrô

extraordinário – extra

otorrinolaringologista – otorrino

telefone – fone

pneumático – pneu...

Muitas destas abreviações podem denotar sentimentos variados, expressando carinho, desprezo, preconceito e, às vezes, até zombaria. De forma a constatá-los, analisemos os exemplos subsequentes:

comunista - comuna

Florianópolis – Floripa

delegado – delega

professor – fessor

japonês – japa

português – portuga...

Uma observação digna de nota, e que também representa a ocorrência em voga, reside no fato de algumas abreviações terem se tornado bastante frequentes na língua atual. Tal fato consiste no uso de um prefixo ou de um elemento, referente a uma palavra composta, no lugar do todo. Analisemos, portanto, alguns casos representativos:

micro (relativo a microcomputador)

míni (referente a minissaia)

vídeo (concernente a videocassete)

ex (relativo a ex-namorada, ex-esposa ou ex-marido)...

As vogais "e" e "i" – Traços peculiares

As vogais "e" e "i" – Traços peculiares
Quando nos referimos a questões ortográficas, as vogais em evidência não ficam aquém dos acontecimentos, dados alguns traços que lhes demarcam.

Um deles restringe-se ao fato de que quando pronunciadas, algumas palavras revelam o som da vogal “i”, quando na verdade são grafadas com “e”, como é o caso de abençoe, mãe, cirurgiães, pães, entre muitas outras.
Dessa forma, para que não haja possíveis equívocos no momento de empregá-las, tendo em vista o padrão formal da linguagem, algumas considerações tornam-se passíveis de nota. Portanto, vejamos:

Grafam-se com “E”:

* Algumas formas verbais em que o infinitivo se constitui das terminações “-oar” e “-uar”:

abençoar – abençoe
atuar - atue
continuar – continue
efetuar – efetue
magoar – magoe
perdoar – perdoe


* Algumas formas verbais em que o infinitivo se constitui da terminação “-ear”:

estrear – estreio, estreias, estreia, estreamos, estreais, estreiam.

rodear – rodeio, rodeias, rodeia, rodeamos, rodeais, rodeiam.


* Alguns vocábulos formados com o prefixo “-ante”:

antemão – antessala- anteprojeto...


* Algumas palavras derivadas da terminação “-eano”:

coreano
montevideano


Grafam-se com “i”

* Algumas formas verbais em que o infinitivo termina com “-air”, “-oer” e “-uir:

atrair – atrai
doer – doí
usufruir - usufrui


* Algumas formas verbais em que o infinitivo se constitui da terminação “-iar”.

anunciar – anuncio, anuncias, anuncia, anunciamos, anunciais, anunciam.

incendiar - incendeio, incendeias, incendeia, incendiamos, incendiais, incendeiam.

A correta utilização que se atribui à letra "x"

A correta utilização que se atribui à letra "x"
Dúvidas em relação ao emprego do “x”? Eis um fato considerado extremamente trivial, pois temos o feixe de lenha e temos também o chuchu.

Palavras que corriqueiramente causam dúvidas em relação à escrita, assim como tantas outras. Diante desse impasse, como compreendermos acerca de suas características ortográficas?

Nada que uma boa dose de prática não consiga saná-lo, mas enquanto conquistamos tal habilidade, resta-nos ampliar nossos conhecimentos a cada instante, a fim de que possamos constatar algumas peculiaridades inerentes a essa parte da gramática– ora representada pela ortografia.

Assim sendo, verifiquemos algumas considerações, tendo em vista o emprego relacionado à letra “x”:

Casos relacionados a essa ocorrência:

*Depois de ditongos:

ameixa, caixa, baixela, caixote, peixe, feixe...

* Em palavras de origem indígena e africana:

Xingu – Xavantes – maxixe...

* Palavras iniciadas pelas sílabas “em” e “me”.

México – mexilhão – mexerica – enxame- enxurrada...

Observação importante:

Caso houver o prefixo “-em” seguido de palavras iniciadas por “ch”, o dígrafo será mantido.

encher – derivado do substantivo cheio

encharcar - derivado do substantivo charco

enchumaçar – derivado do substantivo chumaço

Flexões verbais

Flexões verbais
Dentre todas as classe gramaticais, a que mais se apresenta passível de flexões é a representada pelos verbos. Flexões estas relacionadas a:

Pessoa– Indica as três pessoas relacionadas ao discurso, representadas tanto no modo singular, quanto no plural.

Número – Representa a forma pela qual o verbo se refere a essas pessoas gramaticais.

Por meio dos exemplos em evidência, podemos constatar que o processo verbal se encontra devidamente flexionado, tendo em vista as pessoas do discurso (eu, tu, ele, nós, vós, eles).

Tempo – Relaciona-se ao momento expresso pela ação verbal, denotando a ideia de um processo ora concluído, em fase de conclusão ou que ainda está para concluir, representado pelo tempo presente, pretérito e futuro.

Modo – Revela a circunstância em que o fato verbal ocorre. Assim expresso:

Modo indicativo – exprime um fato certo, concreto.
Modo subjuntivo – exprime um fato hipotético, duvidoso.
Modo imperativo – exprime uma ordem, expressa um pedido.

Para que possamos constatar acerca de todos esses pressupostos, basear-nos-emos no caso do verbo cantar, tendo em vista o modo indicativo.


Modo Indicativo

Voz

A voz verbal caracteriza a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, classificada em:

Voz ativa – o sujeito é o agente da ação verbal.

Os professores aplicaram as provas.

Voz passiva – o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo.

As provas foram aplicadas pelos professores.

Voz reflexiva – o sujeito, de forma simultânea, pratica e recebe a ação verbal.

O garoto feriu-se com o instrumento.

Voz reflexiva recíproca – representa uma ação mútua entre os elementos expressos pelo sujeito.

Os formandos cumprimentaram-se respeitosamente.

Compartilhe com outro link que explora sobre as vozes verbais de modo mais aprofundado.

Vozes do verbo - Compreenda como se materializa esta ocorrência linguística.

Pronomes interrogativos

Pronomes interrogativos
Uma das particularidades que norteiam a classe gramatical representada pelos pronomes interrogativos se atém ao fato de eles, semelhantemente aos pronomes indefinidos, referirem-se à terceira pessoa do discurso de modo vago, impreciso.

Quanto ao atributo de suas funções, são utilizados quando se deseja formular uma pergunta, sendo essa de forma direta ou indireta, perfeitamente compreensível em:


Temos que o primeiro enunciado representa a forma direta, e o segundo, a indireta.

No intuito de conhecê-los melhor, ater-nos-emos à tabela em evidência:


No que se refere ao emprego dos pronomes interrogativos, temos que:

a) Em se tratando da linguagem coloquial, comumente identificamos a repetição da palavra “que”, com vistas a conferir um caráter enfático à mensagem.
Exemplo:

Não acredito! Quê que eles têm a ver com isso?

b) Emprega-se o pronome interrogativo “que” como pronome substantivo ou adjetivo. Quando na condição de substantivo se refere ao sentido de “que coisa”, e na de adjetivo denota “que espécie de”.
Exemplo:

Que prato mais te aguça o paladar? (que espécie de prato)
Que queres do supermercado? (que coisa queres)

c) Sempre se emprega o pronome “quem” em função substantiva.
Exemplo:

Quem não conseguiu terminar o trabalho?
sujeito

d) O pronome “quanto” pode ser empregado como pronome substantivo ou pronome adjetivo:
Exemplos:

Quanto tempo levou para chegar a Maceió?
Quanto você cobrará pelo serviço?

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Predicado - Estudo completo para concurso público

Estudo completo para concurso público sobre predicado
Predicado é aquilo que se declara a respeito do sujeito. Nele é obrigatória a presença de um verbo ou locução verbal. Quando se identifica o sujeito de uma oração, identifica-se também o predicado. Em termos, tudo o que difere do sujeito (e do vocativo, quando ocorrer) numa oração é o seu predicado. Veja alguns exemplos:
As mulheres compraram roupas novas
Predicado
Durante o ano, muitos alunos desistem do curso.
Predicado Predicado
A natureza é bela.
Predicado
OS VERBOS NO PREDICADO
Em todo predicado existe necessariamente um verbo ou uma locução verbal. Para analisar a importância do verbo no predicado, devemos considerar dois grupos distintos: os verbos nocionais e os não nocionais.
Os verbos nocionais são os que exprimem processos; em outras palavras, indicam ação, acontecimento, fenômeno natural, desejo, atividade mental:
Acontecer – considerar – desejar – julgar – pensar – querer – suceder – chover – correr fazer – nascer – pretender – raciocinar
Esses verbos são sempre núcleos dos predicados em que aparecem.
Os verbos não nocionais exprimem estado; são mais conhecidos como verbos de ligação.
Fazem parte desse grupo, entre outros:
Ser – estar – permanecer – continuar – andar – persistir – virar – ficar – achar-se - acabar – tornar-se – passar (a)
Os verbos não nocionais sempre fazem parte do predicado, mas não atuam como núcleos.
Para perceber se um verbo é nocional ou não nocional, é necessário considerar o contexto em que é usado. Assim, na oração:
Ela anda muito rápido.
O verbo andar exprime uma ação, atuando como um verbo nocional. Já na oração:
Ela anda triste.
O verbo exprime um estado, atuando como verbo não nocional.

REFORMA ORTOGRÁFICA: Hífen - compostos

Uso em palavras compostas

PALAVAS COMPOSTAS
ELEMENTOS OU
PALAVRAS REGRAS EXEMPLOS OBSERVAÇÕES;
SAIBA MAIS
Compostas comuns 1. Usa-se hífen nas palavras compostas comuns, sem preposições, quando o primeiro elemento for substantivo, adjetivo, verbo ou numeral. Amor-perfeito,
boa-fé,
guarda-noturno,
guarda-chuva,
criado-mudo,
decreto-lei. A) Formas adjetivas como afro, luso, anglo, latino não se ligam por hífen:
afrodescendente, eurocêntrico,
lusofobia,
eurocomunista.
B) Mas com adjetivos pátrios (de identidade), usa-se o hífen:
afro-americano,
latino-americano,
indo-europeu,
ítalo-brasileira,
anglo-saxão.
C) Se a noção de composição desapareceu com o tempo, deve-se unir o composto sem hífen:
pontapé,
madressilva,
girassol,
paraquedas,
paraquedismo (perdida a noção do verbo parar);
mandachuva (perdida a noção do verbo mandar).
D) Demais casos com para e manda usam hífen:
para-brisa,
para-choque (sem acento no para);
manda-tudo,
manda-lua.
E) Compostos com elementos repetidos também levam hífen:
tico-tico,
tique-taque,
pingue-pongue,
blá-blá-blá.
F) Compostos com apóstrofo também levam hífen:
cobra-d'água,
mãe-d'água,
mestre-d'armas
Nomes geográficos antecedidos de grão, grã ou verbos 2. Usa-se o hífen em nomes geográficos compostos com grã e grão ou verbos de qualquer tipo. Grã-Bretanha,
Grão-Pará,
Passa-Quatro. Demais nomes geográficos compostos não usam hífen:
América do Norte,
Belo Horizonte,
Cabo Verde.
(O nome
Guiné-Bissau
é uma exceção).
Espécies vegetais/ animais 3. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies vegetais e animais. bem-te-vi,
bem-me-quer,
erva-de-cheiro,
couve-flor,
erva-doce,
feijão-verde,
coco-da-baía,
joão-de-barro,
não-me-toques
(planta). Se a palavra for usada em sentido figurado, não leva hífen: Ela está cheia de não me toques (melindres).
Mal
Mal . Usa-se hífen com mal antes de vogais ou h ou l. mal-afamado,
mal-estar,
mal-acabado,
mal-humorada,
mal-limpo. A) Escreva, porém: malcriado,
malnascido,
malvisto,
malquerer,
malpassado.
B) Escreva com hífen no feminino:
má-língua,
más-línguas.
Além, aquém, recém, bem, sem 5. Usa-se hífen com além, aquém, recém, bem e sem. além-mar,
aquém-oceano,
recém-casado,
recém-nascido,
bem-estar,
bem-vindo,
sem-vergonha. Quando o bem se aglutina com o segundo elemento, não se usa hífen: benfeitor,
benfeitoria,
benquerer,
benquisto.
Locuções 6. Não se usa hífen nas locuções dos vários tipos (substantivas, adjetivas etc). à vontade,
cão de guarda,
café com leite,
cor de vinho,
fim de semana,
fim de século,
quem quer que seja,
um disse me disse. A) Certas grafias consagradas agora são exceções à regra. Escreva:
água-de-colônia,
arco-da-velha,
pé-de-meia,
mais-que-perfeito,
cor-de-rosa,
à queima-roupa,
ao deus-dará.
B) Outras expressões/locuções que não usarão hífen:
bumba meu boi,
tomara que caia,
arco e flecha,
tão somente,
ponto e vírgula.
C) Escreva também sem hífen as locuções à toa (adjetivo ou advérbio), dia a dia (substantivo e advérbio) e arco e flecha.
Encadeamentos de palavras 7. Os encadeamentos vocabulares levam hífen (e não mais traço). A relação
professor-aluno.
O trajeto
Tóquio-São Paulo.
A ponte
Rio-Niterói.
Um acordo
Angola-Brasil.
Áustria-Hungria.
Alsácia-Lorena.
Hífen no fim da linha 8. Quando cai no fim da linha, o hífen deve ser repetido, por clareza, na linha abaixo. Atravesso a ponte Rio-
-Niterói.

Regras de acentuação do novo acordo ortográfico

Regras de acentuação do novo acordo ortográfico

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que entra em vigor em 2009, vai alterar a acentuação de algumas palavras, extinguir o uso do trema e sistematizar a utilização do hífen, entre outras mudanças significativas. No Brasil, palavras como "heróico", "idéia" e "feiúra", por exemplo, deixarão de ser acentuadas.
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Veja abaixo as novas regras de acentuação para oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas, retiradas do livro.
Da acentuação gráfica das palavras oxítonas
1º-) Acentuam-se com acento agudo:
As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas abertas grafas -a, -e ou -o, seguidas ou não de -s: está, estás, olá; até, olé, pontapé(s), avó(s), dominó(s), paletó(s), só(s).
Obs.: Em algumas (poucas) palavras oxítonas terminadas em -e tónico/tônico, geralmente provenientes do francês, esta vogal, por ser articulada nas pronúncias cultas ora como aberta ora como fechada, admite tanto o acento agudo como o acento circunflexo: bebé ou bebê, bidé ou bidê, canapé ou canapê, caraté ou caratê, croché ou crochê, guiché ou guichê, matiné ou matinê, nené ou nenê, ponjé ou ponjê, puré ou purê, rapé ou rapê.
O mesmo se verifica com formas como cocó e cocô, ró (letra do alfabeto grego) e rô. São igualmente admitidas formas como judô, a par de judo, e metrô, a par de metro.
b) As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos lo(s) ou la(s), ficam a terminar na vogal tónica/tônica aberta grafada -a, após a assimilação e perda das consoantes finais grafadas -r, -s ou -z: adorá-lo(s) (de adorar-lo(s)), á-la(s) (de ar-la(s) ou dá(s)-la(s)), fá-lo(s) (de faz-lo(s)), fá-lo(s)-ás (de far-lo(s)-ás), habitá-la(s) iam (de habitar-la(s)- iam), trá-la(s)-á (de trar-la(s)-á);
c) As palavras oxítonas com mais de uma sílaba terminadas no ditongo nasal grafado em (exceto as formas da 3ª- pessoa do plural do presente do indicativo dos compostos de ter e vir: retêm, sustêm; advêm, provêm; etc.) ou -ens: acém, detém, deténs, entretém, entreténs, harém, haréns, porém, provém, provéns, também;

d) As palavras oxítonas com os ditongos abertos grafados -éi, -éu ou -ói, podendo estes dois últimos ser seguidos ou não de -s: anéis, batéis, fiéis, papéis; céu(s), chapéu(s), ilhéu(s), véu(s); corrói (de corroer), herói(s), remói (de remoer), sóis.

2º-) Acentuam-se com acento circunflexo:

a) As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam -e ou -o, seguidas ou não de -s: cortês, dê, dês (de dar), lê, lês (de ler), português, você(s); avô(s), pôs (de pôr), robô(s);

b) As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos -lo(s) ou la(s), ficam a terminar nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam -e ou -o, após a assimilação e perda das consoantes finais grafadas -r, -s ou -z: detê-lo(s) (de deter-lo(s)), fazê-la(s) (de fazer-la(s)), fê-lo(s) (de fez-lo(s)), vê-la(s) (de ver-la(s)), compô la(s) (de compor-la(s)), repô-la(s) (de repor-la(s)), pô-la(s) (de por-la(s) ou pôs-la(s)).

3º-) Prescinde-se de acento gráfico para distinguir palavras oxítonas homógrafas, mas heterofónicas/heterofônicas, do tipo de cor (ô), substantivo, e cor (ó), elemento da locução de cor; colher (ê), verbo, e colher (é), substantivo. Excetua-se a forma verbal pôr, para a distinguir da preposição por.
Da acentuação gráfica das palavras paroxítonas

1º-) As palavras paroxítonas não são em geral acentuadas graficamente: enjoo, grave, homem, mesa, Tejo, vejo, velho, voo; avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro; descobrimento, graficamente, moçambicano.

2º-) Recebem, no entanto, acento agudo:

a) As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em -l, -n, -r, -x e -ps, assim como, salvo raras exceções, as respectivas formas do plural, algumas das quais passam a proparoxítonas: amável (pl. amáveis), Aníbal, dócil (pl. dóceis) dúctil (pl. dúcteis), fóssil (pl. fósseis) réptil (pl. répteis: var. reptil, pl. reptis); cármen (pl. cármenes ou carmens; var. carme, pl. carmes); dólmen (pl. dólmenes ou dolmens), éden (pl. édenes ou edens), líquen (pl. líquenes), lúmen (pl. lúmenes ou lumens); açúcar (pl. açúcares), almíscar (pl. almíscares), cadáver (pl. cadáveres), caráter ou carácter (mas pl. carateres ou caracteres), ímpar (pl. ímpares); Ajax, córtex (pl. córtex; var. córtice, pl. córtices), índex (pl. índex; var. índice, pl. índices), tórax (pl. tórax ou tóraxes; var. torace, pl. toraces); bíceps (pl. bíceps; var. bicípite, pl. bicípites), fórceps (pl. fórceps; var. fórcipe, pl. fórcipes).

Obs.: Muito poucas palavras deste tipo, com as vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas pronúncias cultas da língua e, por conseguinte, também de acento gráfico (agudo ou circunflexo): sémen e sêmen, xénon e xênon; fémur e fêmur, vómer e vômer; Fénix e Fênix, ónix e ônix.
b) As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em -ã(s), -ão(s), -ei(s), -i(s), -um, -uns ou -us: órfã (pl. órfãs), acórdão (pl. acórdãos), órfão (pl. órfãos), órgão (pl. órgãos), sótão (pl. sótãos); hóquei, jóquei (pl. jóqueis), amáveis (pl. de amável), fáceis (pl. de fácil), fósseis (pl. de fóssil), amáreis (de amar), amáveis (id.), cantaríeis (de cantar), fizéreis (de fazer), fizésseis (id.); beribéri (pl. beribéris), bílis (sg. e pl.), iris (sg. e pl.), júri (pl. júris), oásis (sg. e pl.); álbum (pl. álbuns), fórum (pl. fóruns); húmus (sg. e pl.), vírus (sg. e pl.).

Obs.: Muito poucas paroxítonas deste tipo, com as vogais tónicas/ tônicas grafadas e e o em fim de sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas pronúncias cultas da língua, o qual é assinalado com acento agudo, se aberto, ou circunflexo, se fechado: pónei e pônei; gónis e gônis, pénis e pênis, ténis e tênis; bónus e bônus, ónus e ônus, tónus e tônus, Vénus e Vênus.

3º) Não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei e oi da sílaba tónica/tônica das palavras paroxítonas, dado que existe oscilação em muitos casos entre o fechamento e a abertura na sua articulação: assembleia, boleia, ideia, tal como aldeia, baleia, cadeia, cheia, meia; coreico, epopeico, onomatopeico, proteico; alcaloide, apoio (do verbo apoiar), tal como apoio (subst.), Azoia, boia, boina, comboio (subst.), tal como comboio, comboias etc. (do verbo comboiar), dezoito, estroina, heroico, introito, jiboia, moina, paranoico, zoina.
4º-) É facultativo assinalar com acento agudo as formas verbais de pretérito perfeito do indicativo, do tipo amámos, louvámos, para as distinguir das correspondentes formas do presente do indicativo (amamos, louvamos), já que o timbre da vogal tónica/tônica é aberto naquele caso em certas variantes do português.

5º-) Recebem acento circunflexo:

a) As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e, o e que terminam em -l, -n, -r ou -x, assim como as respectivas formas do plural, algumas das quais se tornam proparoxítonas: cônsul (pl. cônsules), pênsil (pl. pênseis), têxtil (pl. têxteis); cânon, var. cânone, (pl. cânones), plâncton (pl. plânctons); Almodôvar, aljôfar (pl. aljôfares), âmbar (pl. âmbares), Câncer, Tânger; bômbax (sg. e pl.), bômbix, var. bômbice, (pl. bômbices).

b) As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e, o e que terminam em -ão(s), -eis, -i(s) ou -us: benção(s), côvão(s), Estêvão, zángão(s); devêreis (de dever), escrevêsseis (de escrever), fôreis (de ser e ir), fôsseis (id.), pênseis (pl. de pênsil), têxteis (pl. de têxtil); dândi(s), Mênfis; ânus.

c) As formas verbais têm e vêm, 3 a-s pessoas do plural do presente do indicativo de ter e vir, que são foneticamente paroxítonas (respectivamente / t ã j ã j /, / v ã j ã j / ou / t j /, / v j / ou ainda / t j j /, / v j j /; cf. as antigas grafias preteridas, têem, vêem), a fim de se distinguirem de tem e vem, 3a -s pessoas do singular do presente do indicativo ou 2 a-s pessoas do singular do imperativo; e também as correspondentes formas compostas, tais como: abstêm (cf. abstém), advêm (cf. advém), contêm (cf. contém), convêm (cf. convém), desconvêm (cf. desconvém), detêm (cf. detém), entretêm (cf. entretém), intervêm (cf. inter- vém), mantêm (cf. mantém), obtêm (cf. obtém), provêm (cf. provém), sobrevêm (cf. sobrevém).

Obs.: Também neste caso são preteridas as antigas grafias detêem, intervêem, mantêem, provêem etc.
6º-) Assinalam-se com acento circunflexo:

a) Obrigatoriamente, pôde (3ª- pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo), que se distingue da correspondente forma do presente do indicativo (pode).

b) Facultativamente, dêmos (1ª- pessoa do plural do presente do conjuntivo), para se distinguir da correspondente forma do pretérito perfeito do indicativo (demos); fôrma (substantivo), distinta de forma (substantivo: 3ª- pessoa do singular do presente do indicativo ou 2ª- pessoa do singular do imperativo do verbo formar).

7º-) Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas que contêm um e tónico/tônico oral fechado em hiato com a terminação -em da 3ª- pessoa do plural do presente do indicativo ou do conjuntivo, conforme os casos: creem, deem (conj.), descreem, desdeem (conj.), leem, preveem, redeem (conj.), releem, reveem, tresleem, veem.

8º-) Prescinde-se igualmente do acento circunflexo para assinalar a vogal tónica/tônica fechada com a grafia o em palavras paroxítonas como enjoo, substantivo e flexão de enjoar, povoo, flexão de povoar, voo, substantivo e flexão de voar etc.

9º-) Prescinde-se, do acento agudo e do circunflexo para distinguir palavras paroxítonas que, tendo respectivamente vogal tónica/tônica aberta ou fechada, são homógrafas de palavras proclíticas. Assim, deixam de se distinguir pelo acento gráfico: para (á), flexão de parar, e para, preposição; pela(s) (é), substantivo e flexão de pelar, e pela(s), combinação de per e la(s); pelo (é), flexão de pelar, pelo(s) (ê), substantivo ou combinação de per e lo(s); polo(s) (ó), substantivo, e polo(s), combinação antiga e popular de por e lo(s); etc.
10º-) Prescinde-se igualmente de acento gráfico para distinguir paroxítonas homógrafas heterofónicas/heterofônicas do tipo de acerto (ê), substantivo e acerto (é), flexão de acertar; acordo (ô), substantivo, e acordo (ó), flexão de acordar; cerca (ê), substantivo, advérbio e elemento da locução prepositiva cerca de, e cerca (é), flexão de cercar; coro (ô), substantivo, e coro (ó), flexão de corar; deste (ê), contracção da preposição de com o demonstrativo este, e deste (é), flexão de dar; fora (ô), flexão de ser e ir, e fora (ó), advérbio, interjeição e substantivo; piloto (ô), substantivo e piloto (ó), flexão de pilotar; etc.
Da acentuação das palavras proparoxítonas

1º-) Levam acento agudo:

a) As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta: árabe, cáustico, Cleópatra, esquálido, exército, hidráulico, líquido, míope, músico, plástico, prosélito, público, rústico, tétrico, último;

b) As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta, e que terminam por sequências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas ditongos crescentes (-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo etc.): álea, náusea; etéreo, níveo; enciclopédia, glória; barbárie, série; lírio, prélio; mágoa, nódoa; exígua, língua; exíguo, vácuo.

2º-) Levam acento circunflexo:

a) As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica vogal fechada ou ditongo com a vogal básica fechada: anacreôntico, brêtema, cânfora, cômputo, devêramos (de dever), dinâmico, êmbolo, excêntrico, fôssemos (de ser e ir), Grândola, hermenêutica, lâmpada, lôstrego, lôbrego, nêspera, plêiade, sôfrego, sonâmbulo, trôpego;

b) As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam vogais fechadas na sílaba tónica/tônica, e terminam por sequências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes: amêndoa, argênteo, côdea, Islândia, Mântua, serôdio.

3º-) Levam acento agudo ou acento circunflexo as palavras proparoxítonas, reais ou aparentes, cujas vogais tónicas/tônicas grafadas e ou o estão em final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais grafadas m ou n, conforme o seu timbre é, respectivamente, aberto ou fechado nas pronúncias cultas da língua: académico/acadêmico, anatómico/ anatômico, cénico/cênico, cómodo/cômodo, fenómeno/fenômeno, género/gênero, topónimo/topônimo; Amazónia/Amazônia, Antó- nio/Antônio, blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, gémeo/gêmeo, génio/ gênio, ténue/tênue.
Saiba o que muda na língua portuguesa com o novo acordo ortográfico
Livro mostra como usar as regras do novo acordo ortográfico

As mudanças estabelecidas pelo acordo ortográfico atingem em menor escala a grafia utilizada no Brasil: aproximadamente 0,5% das palavras, enquanto em Portugal chegam a 1,6%.

"As alterações dizem respeito ao uso de sinais diacríticos (trema, acentos agudo e circunflexo) e hífen", explica José Carlos de Azeredo, doutor em letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do livro "Escrevendo Pela Nova Ortografia", feito pelo Instituto Houaiss em parceria com a Publifolha. Saiba mais sobre o livro.

Conheça também o Dicionário Houaiss de Sinônimos e Antônimos e a nova Gramática Houaiss
"O acordo procura eliminar particularidades sentidas como supérfluas nas duas normas, em nome da uniformidade ortográfica no mundo da lusofonia", afirma Azeredo. Ainda segundo o autor, "a ortografia do português, no Brasil como em Portugal, continua a ser predominantemente fonética, com razoável correspondência entre forma gráfica e pronúncia". E é este critério que rege a eliminação das "letras mudas", muito utilizadas em Portugal em palavras como direcção (que passa a direção) e adoptar (que passa a adotar), assim como a supressão do trema.

Veja abaixo o que muda no Brasil com as novas regras do acordo:

Alfabeto

O alfabeto da língua portuguesa passa a ter 26 letras, com a inclusão oficial do k, w e y.

Acentuação

As paroxítonas com ditongos abertos tônicos éi e ói, como "idéia" e "paranóico" perdem o acento agudo. Palavras como crêem, dêem, lêem e vêem também perderão o acento, assim como as paroxítonas com acento circunflexo no penúltimo o do hiato oo(s) (vôo, enjôo).
Palavras homógrafas (com a mesma grafia, mas com pronúncia diferente) como pára, pêlo, pélo e pólo também não serão mais acentuadas. Paroxítonas cujas vogais tônicas i e u são precedidas de ditongo decrescente, como "feiúra" e "baiúca", também não levarão acento.

Veja trecho do livro sobre acentuação de oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas

Trema

O trema será totalmente eliminado das palavras portuguesas ou aportuguesadas, como "cinqüenta" e "tranqüilo". A única exceção fica por conta de nomes próprios estrangeiros, como "Müeller", por exemplo.

Hífen

As novas regras para o hífen são as que têm causado mais dúvidas. "Alguma dificuldade por advir de umas tantas mudanças no uso de hífen. Mas, se considerarmos que este sempre foi um domínio de zonas obscuras, os usuários podem até vir a sentir-se aliviados com a possibilidade de alguma simplificação", diz Azeredo.

O hífen não será mais empregado em prefixos terminados em vogal seguidos de r ou s. Neste caso, dobra-se o r ou o s. Exemplos: antirreligioso, antissocial e minissaia.

O hífen será utilizado com os prefixos hiper, inter, super seguidos de palavras iniciadas por r, como "hiper-resistente". O sinal também será utilizado em prefixos terminados em vogal como ante, contra e semi seguidos de vogal igual ou h no segundo termo. Exemplos: micro-ondas, anti-higiênico e pré-histórico.

Dúvidas ortográficas – Um olhar minucioso

Dúvidas ortográficas – Um olhar minucioso
Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra... Já disse a cantora Pitty, em uma de suas criações. Sábia, por sinal, pois profunda é a ideologia presente em suas palavras em se tratando de nosso posicionamento em meio ao cotidiano, analisado sob todos os âmbitos. Mas... deixemos as questões filosóficas para um outro momento.

Voltemos, pois, para as questões relacionadas à gramática, já que, possivelmente, todos nós temos “um teto de vidro”, principalmente ao nos referirmos à ortografia, não é verdade? Obviamente que ninguém será tão audacioso a ponto de arremessar a pedra... Claro, quantas vezes fomos alvo do /s/ ou /z/, já não falando dos outros fonemas que, via de regra, também se constituem de uma semelhança sonora.

Atualmente, envoltos por tanta tecnologia, quando ao redigirem, muitos usuários recorrem às ferramentas disponíveis no próprio sistema, outros, ao dicionário, e assim por diante. Mas, indubitavelmente, ainda há que se mencionar que a familiaridade envolvendo a tríade “emissor x leitura x escrita” fornece-nos verdadeiros subsídios rumo à conquista de determinadas habilidades
Desta feita, algumas dicas se constituem como recursos plausíveis para que a grafia de alguns vocábulos se torne algo “familiar” ao nosso conhecimento, como as que analisaremos a seguir:

Analisando as terminações “-izar” e “-isar” – Quando usar “s” e quando usar “z”?

Tomemos como exemplo a palavra exorci---ar, cujo emprego não podemos dizer que seja tão corriqueiro. Por que grafá-lo com “x”, se sonoramente é retratado por “z”? Outra questão: será grafado com “-izar” ou “-isar”?

O fato é que EXORCIZAR provém do latim exorcizare - v.t. Expulsar os demônios por meio de preces: exorcizar um possesso.
Esconjurar, conjurar, exorcismar.

Sanada a presente dúvida, partamos agora para uma análise acerca das circunstâncias relacionadas ao emprego dos sufixos supracitados. É bom que se diga que não há prefixos representados por “–isar”.

De o ou apenas do - De que forma utilizá-los?

De o ou apenas do - De que forma utilizá-los?
Comumente nos deparamos com situações linguísticas reveladas por:

Tendo em vista que o conhecimento é algo não mensurável, a todo instante nos deparamos com situações com as quais não temos assim tanta familiaridade. Atendo-nos aos enunciados linguísticos supracitados, percebemos que, aparentemente, não se trata de nenhuma incoerência gramatical, não é mesmo?

Mas o fato é que na verdade há. Vejamos por que:

Ao analisarmos os termos em destaque, constatamos a presença de uma contração, caracterizada pela junção da preposição “de” + o pronome pessoal do caso reto (ele/ela) – fato considerado atípico em se tratando dos postulados concebidos pela Gramática, pois de acordo com seus preceitos não se admite tal junção, uma vez que estes pronomes funcionam como sujeito da oração. Assim sendo, o elemento que é regido pela preposição é sempre o verbo, e não o sujeito.

Afirmativa que se perfaz pela veracidade quando nos dispomos a proceder da seguinte forma:

Quem não é concebido como uma agradável companhia? “ele”.
Quem precisava entender tudo? “ela”.
Quem deve entrar primeiro? “O professor (3ª pessoa- ele)”.

Tais pressupostos nos revelam que esta prática linguística, ora tida como usual, precisa de uma verdadeira reformulação. Portanto, atendo-nos aos enunciados, concluiremos que estes se revelam da seguinte forma:

Recorrente emprego de alguns pronomes

Recorrente emprego de alguns pronomes
O foco principal do presente artigo pauta-se numa questão de extrema relevância para o entendimento acerca de como se dão os fenômenos linguísticos. Mais precisamente mencionamos o fato de, mediante a materialização destes, haver correlações entre as chamadas classes gramaticais (representando o que denominamos de eixo paradigmático) e as funções desempenhadas por estas quando dispostas em um enunciado (assim denominado de eixo sintagmático). Referimo-nos simplesmente à morfossintaxe, ou seja, um termo, ora tido como substantivo, pode ocupar distintas funções, ao se revelar como um predicativo, complemento nominal, complemento verbal, dentre outros.

Atendo-nos a este último elemento, sentimos ter chegado ao ponto-chave da presente discussão, ou seja, o fato de os pronomes oblíquos (o, a, os, as, lhe, lhes) ora atuarem como objeto direto, ora como indireto. Cabe aqui ressaltar que tal ocorrência se tornou alvo de grandes equívocos – dado o seu recorrente emprego –, contudo, de forma errônea. Considera-se como sendo um procedimento bastante sutil por parte do falante, embora passível de reformulações por parte do emissor, visto que não se adéqua à forma padrão.

Mediante tais pressupostos, ressalta-se a importância de estarmos cientes quanto à transitividade de determinados verbos, para que assim possamos atribuir-lhes os devidos complementos. Assim sendo, analisemos algumas circunstâncias em que tal incoerência se procede, e verifiquemos como estas se revelam consoante à norma culta:

Infere-se, portanto, que esses verbos classificam-se como transitivos diretos - nada mais natural que o emprego dos pronomes em evidência (o, a, os, as).

Já o pronome oblíquo “lhe” funciona sempre, salvo em algumas exceções, como transitivo indireto. Portanto, retratado por:

Entregamos-lhe as encomendas.

Esta falta de umidade lhe afeta a respiração.

Apresento-lhe o meu mais recente projeto.
Há somente uma ressalva a fazermos – referente às exceções já mencionadas–, sendo que esta se refere ao fato de determinados verbos, mesmo sendo transitivos indiretos, rejeitarem o uso do “lhe”, representados por aludir, assistir (no sentido de presenciar), aspirar e recorrer. Vejamo-los:

Contemplava as obras machadianas, por isso aludia a elas com veemência.

Aquela posição hierárquica era o grande desejo, por isso todos aspiravam a ela.

O conhecimento é algo infindável, razão pela qual devemos recorrer sempre a ele.

Compreendendo a morfossintaxe

Compreendendo a morfossintaxe
Ao nos depararmos com ambas (Morfologia e Sintaxe), sabemos que se relacionam às subdivisões conferidas pela gramática, e mais: que uma corresponde às classes gramaticais e a outra se refere às distintas posições ocupadas por uma mesma palavra em se tratando de um dado contexto linguístico.
Munidos de tal concepção, as elucidações descritas a seguir, certamente tornarão perfeitamente compreensíveis, face ao prévio conhecimento das referidas modalidades. Sendo assim, a morfossintaxe está condicionada ao fato de um substantivo, numeral, artigo, dentre outros, desempenharem diferentes funções quando dispostas em uma oração.
Visando à plena efetivação de nossos conhecimentos acerca deste assunto, ora concebível como sendo de extrema relevância, ater-nos-emos a alguns casos em que esta ocorrência se materializa. Analisemos:
As flores são um belo presente.
Toda mulher aprecia ganhar flores.
Gostamos muito do perfume das flores.
Patrícia gosta muito de flores.
Nem tudo são flores.
Flores, por que sois tão belas?
Defrontamo-nos com um típico exemplo em que um mesmo termo é visto sob diferentes ângulos, podendo ser assim analisados:
1º enunciado – sujeito simples
2º - objeto direto, pois completa o sentido de um verbo transitivo direto.
3º - complemento nominal, haja vista que completa o sentido de um substantivo (perfume).
4º - objeto indireto, uma vez que completa o sentido de um verbo transitivo indireto.
5º - predicativo do sujeito, pois além de revelar uma característica a que o sujeito se refere, ainda se liga a este por intermédio de um verbo de ligação, configurando um caso de predicado nominal.
6º - vocativo, pois invoca um chamamento.

Frase, oração e período são a mesma coisa?

Frase, oração e período são a mesma coisa?
Não. Por convenção, chama-se frase qualquer enunciado lingüístico com sentido acabado, mesmo que ele tenha apenas uma palavra. É o caso dos três exemplos abaixo:

Nevou. Cuidado! Que pena!

Oração é o enunciado lingüístico, com sentido acabado ou não, organizado em função de um verbo. Toda oração exige um verbo ou uma locução verbal. Das três frases acima, apenas a primeira – Nevou. – constitui uma oração. Período é um enunciado lingüístico com sentido acabado, formado por uma ou mais orações.
Na escrita, ele é marcado por letra maiúscula no início e ponto final, de exclamação ou de interrogação no fim.

'O velho, um bêbado esfarrapado, deitara-se de comprido no banco,
dirigira palavras amenas a um vizinho invisível e agora dormia.'
(Lygia Fagundes Telles)

O enunciado acima é um período composto por três orações, o que é indicado pela presença das três formas verbais assinaladas.

O ato de comunicação:
Em todo processo de comunicação intervém necessariamente um conjunto de fatores: um emissor ou pessoa que perante um estímulo codifica, elabora e transmite para outra – o receptor – uma informação ou mensagem sobre o mundo ou sobre si mesmo, dentro de um referente ou contexto. Para transmitir essa mensagem, o emissor emprega um conjunto de signos, que se combinam de acordo com regras – código ou língua. Seu meio de difusão é um meio físico – o canal. Exemplo: o ar, no caso das ondas sonoras; o papel, no caso do texto impresso.

O número de sílabas das palavras

O número de sílabas das palavras

Cada som que emitimos corresponde a uma sílaba Cada som que emitimos corresponde a uma sílaba
Experimente pronunciar as palavras de um modo bem devagar:

maçã – bola – sol – mão – lâmpada – bolacha - automóvel

Ao fazermos assim, percebemos que houve uma pausa entre cada som emitido, não é mesmo?
Assim, a cada um desses pedacinhos chamamos de sílaba, e para cada parte pronunciada damos um nome diferente. Vamos conhecer um pouco mais?

Monossílaba – É quando a palavra não permite a separação de nenhuma sílaba
Dissílaba – A palavra é formada por duas sílabas
Trissílaba – Formada por três sílabas
Polissílaba – É quando na palavra há mais de três sílabas

Vamos agora separar as sílabas das palavras que já observamos antes, procurando sempre classificá-las de acordo com o número de sílabas:

maçã – ma - çã – dissílaba
bola – bo – la – dissílaba
sol – não podemos separar nenhuma, por isso ela se chama monossílaba
mão – monossílaba
lâmpada – lâm – pa – da – trissílaba
bolacha – bo – la – cha – trissílaba
automóvel – au – to – mó – vel – polissílaba

Cada som que emitimos corresponde a uma sílaba Cada som que emitimos corresponde a uma sílaba
Experimente pronunciar as palavras de um modo bem devagar:

maçã – bola – sol – mão – lâmpada – bolacha - automóvel

Ao fazermos assim, percebemos que houve uma pausa entre cada som emitido, não é mesmo?
Assim, a cada um desses pedacinhos chamamos de sílaba, e para cada parte pronunciada damos um nome diferente. Vamos conhecer um pouco mais?




Monossílaba – É quando a palavra não permite a separação de nenhuma sílaba
Dissílaba – A palavra é formada por duas sílabas
Trissílaba – Formada por três sílabas
Polissílaba – É quando na palavra há mais de três sílabas
Vamos agora separar as sílabas das palavras que já observamos antes, procurando sempre classificá-las de acordo com o número de sílabas:

maçã – ma - çã – dissílaba
bola – bo – la – dissílaba
sol – não podemos separar nenhuma, por isso ela se chama monossílaba
mão – monossílaba
lâmpada – lâm – pa – da – trissílaba
bolacha – bo – la – cha – trissílaba
automóvel – au – to – mó – vel – polissílaba